Após três tentativas fracassadas de licitação, o edital para o leilão do trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro, passando por Campinas, foi reformulado e aguarda aprovação da presidenta Dilma Rousseff para seu lançamento. O critério para definir o vencedor da licitação não será mais o de menor tarifa para o usuário, mas quem oferecer o maior valor de outorga na relação passageiro/quilômetro percorrido.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, a taxa de retorno será de 6,32% - a taxa fixada para o leilão dos aeroportos foi de 6,46%. Para que o trem-bala seja viável, a União bancará alguns dos principais riscos da construção e operação. A estatal Etav contratará o projeto executivo de engenharia para afastar o risco de construção, que desencadeou as discussões em torno do valor do investimento – em 2011, o governo estimava em R$ 34 bilhões o valor da obra, mas as empreiteiras apontaram custos de R$ 50 bilhões. Ainda segundo o Valor Econômico, o governo aposta na participação de pelo menos quatro grupos estrangeiros no leilão: francês, alemão, japonês e coreano, mas haveria grande possibilidade da canadense Bombardier entrar na disputa.