Da Redação   |   08/05/2013 10:23

Câmara faz audiência sobre acessibilidade no turismo

DA AGÊNCIA BRASIL O direito ao lazer e a acessibilidade no turismo foi o tema de debate ontem (terça-feira, dia 7) na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. A audiência pública teve como objetivo analisar o andamento das obras e das melhorias do acesso a estádios, hotéis e tra

DA AGÊNCIA BRASIL

O direito ao lazer e a acessibilidade no turismo foi o tema de debate ontem (terça-feira, dia 7) na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. A audiência pública teve como objetivo analisar o andamento das obras e das melhorias do acesso a estádios, hotéis e transportes para pessoas com deficiência na Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas, que o Brasil vai sediar.

Segundo a representante da Society for Acessible Travel & Hospitality (SATH), Janaki Nayar a norma da ABNT 9050 garante que hotéis devem ter 5% dos quartos adaptados para receber pessoas com deficiências. Entretanto o Brasil precisa fazer muitas adaptações em hotéis. “A hotelaria não está se prontificando a receber essas pessoas. A pessoa com deficiência não fica em casa, então é uma renda que os hotéis estão deixando de ganhar por não facilitar a viagem deles. Quando eles não fazem é uma oportunidade desperdiçada. O deficiente também quer conforto e qualidade em hospedagem”.

Para Janaki outro ponto negativo é treinamento de pessoal. “O que vejo, não só aqui no Brasil, é que as pessoas não estão preparadas para atender um cego, um surdo ou um cadeirante. Eu já vi garçons disserem que não vão atender tão mesa porque não vai entender o que o cliente vai pedi e isto é falta de treinamento”. Ela ressalta que é importante o treinamento com pessoas qualificadas.

Ricardo Shimosakai, consultor em Acessibilidade e Turismo Adaptado disse que no Brasil há muito que melhorar para os grandes eventos. “A questão do turismo acessível no Brasil é muito falha. A informação é um tema muito importante a ser trabalhada. Informação do empresário a saber o que realmente deve ser feito e o que não fazer e também da pessoas com deficiência a saber quais são as oportunidades que ela pode usufruir.”

Para Shimosakai o investimento maior está sendo em estádios. “Muito se ouviu falar em obras de estádios, mas a Copa não é só estádio, é mais do que isto: é transporte, é hotelaria, é todo uma rede de serviços. A Copa tem sido focada muito em estádios e o resto não tem sido trabalhado”.

Segundo o coordenador-geral de Segmentação do Ministério do Turismo, Wilken José Souto Oliveira, o programa Turismo Acessível tem metas para 2013 e 2014 que vão atender às necessidades do deficiente, promover a inclusão social e o acesso de pessoas com deficiências às atividades turísticas. “É um grande desafio, estamos no início e o nosso maior desafio é a disseminação de conhecimento sobre a sensibilização. A ideia é que comece agora um grande movimento [em prol da] acessibilidade no turismo”.

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