Henrique Santiago   |   23/12/2015 13:43

Justiça alega corrupção e pede extinção da CTI-NE

O Ministério Público de Pernambuco (MMPE) solicita o encerramento das atividades da entidade. A alegação da promotora Maria da Glória Gonçalves dos Santos é que a CTI não tem honrado com as atividades propostas em prol do desenvolvimento do Turismo

A Fundação CTI Nordeste está na mira da justiça pernambucana. Segundo o Jornal do Commercio, o Ministério Público de Pernambuco (MMPE) conseguiu o encerramento das atividades da entidade. A alegação da promotora Maria da Glória Gonçalves dos Santos é que a CTI não tem honrado com as atividades propostas em prol do desenvolvimento do Turismo na região.

O MMPE afirma, ainda, que a fundação de promoção turística do Nordeste é alvo de irregularidades. O órgão público oficializou ao Ministério do Turismo, à Embratur e ao Empetur o não repasse de cerca de R$ 1 milhão, enquanto as contas não fossem regularizadas.

“Além da CTI Nordeste não cumprir a finalidade prevista nos Estatutos, a inspeção do Ministério Público revelou a situação de abandono em que se encontra a sede da Fundação, que funciona em cinco salas cedidas na Sudene. Para agravar a situação, o MPPE rejeitou todas as contas apresentadas pela Fundação por várias irregularidades encontradas, como erros de lançamentos nos livros contábeis, diárias não identificadas, pagamentos sem identificação de credor, divergências apresentadas nas demonstrações contábeis e nos lançamentos referentes à folha de pagamento”

A CTI Nordeste se pronunciou em nota sobre o ocorrido. Confira abaixo:

“Sobre a determinação da Justiça de Pernambuco declarada na última segunda-feira, 21/ 12/ 2015, relativa à extinção da Fundação Comissão de Turismo Integrado do Nordeste – CTI Nordeste, a pedido do Ministério Público de Pernambuco (Processo Nº 0002657-73.2014.8.17.0001) datado de 2014, a Secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, Jeanine Pires, vem a público informar que os atuais secretários de Estado da região Nordeste que compõem o atual Conselho da CTI Nordeste irão se reunir em início de janeiro para tomar conhecimento da referida ação e decidir coletivamente quais as atitudes podem ser tomadas tendo em vista a decisão judicial em questão.

Informa ainda, que de acordo com o despacho judicial, a atual gestão não teve até o momento seu mandato registrado pelo Ministério Público tendo em vista o processo em questão ser anterior ao pedido de registro dos atuais Conselheiros.

Declara ainda, que os Estados do Nordeste seguem unidos, juntos, trabalhando pelo desenvolvimento do turismo da região.”


Procurada pela reportagem do Portal PANROTAS, a presidente da CTI Nordeste, Jeanine Pires, não respondeu até a publicação desta matéria. Ela só se irá se pronunciar após a reunião com o conselho da Fundação.

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