Maria Izabel Reigada   |   20/01/2016 12:53

Falco pressiona ministro sobre acordo dos 6%

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, esteve na manhã de hoje na Fitur, onde encontrou empresários indignados com a não assinatura do acordo para fixar a taxa do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRP) em 6,38% para as remessas ao Exterior.

MADRI – O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, esteve na manhã de hoje na Fitur, onde encontrou empresários indignados com a não assinatura do acordo para fixar a taxa do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRP) em 6,38% para as remessas ao Exterior. Ele foi cobrado pelo presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, sobre o acordo público entre o governo, por meio dos Ministérios do Turismo e da Fazenda, e a indústria turística.

“Foi divulgada uma nota pública com o compromisso da assinatura aprovando a taxa de 6,3%. Vocês precisam ter outra visão”, disse o presidente da CVC ao ministro do Turismo, que estava acompanhado pelo presidente da Embratur, Vinícius Lummertz. A medida provisória deveria ter sido assinada ontem, 19, segundo previsões do Ministério da Fazenda, em reunião com Alves e o trade.

O ministro mostrou-se visivelmente constrangido com o não cumprimento do acordo político que ele alinhavou e telefonou, dos corredores da feira espanhola, para o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira. Ele conversou com o secretário e em seguida passou o telefone também a Falco. Depois, dentro da sala do MTur no estande brasileiro, Henrique Alves reuniu-se com Falco e com o presidente da Flytour Viagens, Michael Barkoczy, e teria explicado aos empresários que o problema está no orçamento do Ministério do Planejamento, que já conta com os R$ 2,7 bilhões que seriam resultantes dessa nova taxação para o setor.

“O ministro nos pediu uma sugestão de como recuperar isso e nós chegamos a apresentar algumas ideias. Inclusive, a taxação de 6,38% é o máximo que a industria turística pode suportar”, disse Falco, após a reunião. “Mais que isso inviabiliza nosso negócio”, disse, ao ser questionado sobre a possibilidade do setor não conseguir a isenção acordada. “É questão de vida ou morte”, concluiu. O ministro já deixou as dependências da Fitur mas permanece em Madri até sexta-feira. Antes disso, teria tentado contato com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para falar do tema.

Segundo entidades do setor, o imposto pode gerar 600 mil demissões diretas e indiretas.

O PANROTAS é media partner da Fitur 2016

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