A segunda denúncia contra Michel Temer foi barrada na Câmara e, com pressa, o presidente já fala em aprovar um pacote de medidas a serem aprovadas pelo Congresso até janeiro de 2018. O objetivo, segundo os assessores presidenciais, é bastante simples: “é preciso consolidar a volta do crescimento”.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a pressa de Temer se deve ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, onde ele pretende apresentar os resultados das reformas feitas no País — que podem ser aprovadas, apesar da instabilidade política e econômica.

Dentre as medidas que foram encaminhadas, está um acordo com os Estados Unidos a fim de destravar os investimentos de companhias aéreas e grupos turísticos no Brasil. O intuito é tornar os “céus abertos”, aumentando voos, conexões e parcerias entre empresas brasileiras e estadunidenses, o que poderá reduzir o preço das tarifas no Brasil. A medida foi defendida pela Latam e American Airlines, que recentemente estiveram no Planalto.

OUTRAS MEDIDAS
O novo pacote ainda inclui demandas como a aprovação das novas regras de mineração e do setor elétrico, o que permitirá o processo de privatização da Eletrobras e aumentar a arrecadação com a exploração do minério. As duas medidas, caso aprovadas, podem render R$ 10 bilhões à União.

Em relação à agricultura, o presidente pretende modificar a certificação dos frigoríficos e na comprovação da qualidade da carne. As mudanças visam retomar a preferência de mercados, além de impedir que a França barre as negociações entre o Mercosul e a União Europeia — os dois blocos pretendem fechar um acordo de livre-comércio até dezembro.

Além da reforma da previdência e das leis trabalhistas, Temer ainda visa aprovar novas medidas de ajuste fiscal e simplificação tributária. Para o governo, até o final deste ano, cerca de 1 milhão de postos de empregos serão criados, visto as regras mais flexíveis.

*Fonte: Folha de S.Paulo

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