Fátima Gatoeiro   |   04/07/2009 13:11

Copa potencializa oportunidades, mas também riscos

Diretora do Ministério do Turismo aponta que mais do que oportunidades, há grandes riscos em ser sede de um grande evento esportivo, como a Copa do Mundo.

A mediadora da mesa que tratou, sob o ponto de vista da qualificação dos serviços, dos Desafios e Oportunidades para o Turismo na Copa de 2014, Regina Cavalcante, diretora do Departamento de Qualificação, Certificação e Produção Associada ao Turismo (DCPAT) do Ministério do Turismo, ressaltou que os próximos seis meses serão de “preparação e escolha das armas para a guerra que se iniciará em janeiro de 2010”.

A diretora não se limitou a destacar as oportunidades e fez muitos alertas quanto aos riscos que estar sob a mira de 32,5 bilhões de espectadores pode representar para um destino que sedia uma Copa, que ao lado das Expos e da Olimpíada, compõe os únicos três grandes eventos mundiais capazes de transformar e reposicionar a imagem de um País.

O exemplo positivo destacado por Regina foi a Alemanha, sede da Copa do Mundo de 2006, que quando iniciou a prospecção do evento já tencionava utilizá-lo para concretizar um grande plano de recuperação da imagem negativa que carregava, pelo peso, ainda, da herança passada, dos campos de concentração e extermínio e agente ativo em duas grandes guerras. “O mote “A time to make friends” repercutiu em todos os segmentos da economia alemã. Para o turismo, em particular, um dos ganhos foi conseguir ampliar em 32% o volume de pernoites na hotelaria nacional”, destaca a diretora, que ainda lembrou o endomarketing provocado, que “tocou e provocou mudança na própria população”. “Se formos competentes, chegou a nossa hora”, completou.

Em termos práticos, segundo a diretora, um projeto embrionário já foi apresentado ao ministro do Turismo, Luiz Barretto, e consiste na promoção de um recorte no mapa de capacitações, que vai compreender, inicialmente, os profissionais que terão contato direto com o público, universo que compreende 800 mil trabalhadores, entre frentistas de postos de gasolina, taxistas, guias, garçons e recepcionistas. “Estou convencida de que a Copa apontará qual é o nosso problema com a qualificação”, diz. De acordo com a diretora, embora não faltem dinheiro, estrutura, instrutores, logística e alunos, “ainda não podemos dizer que somos qualificados”, avalia. “Em 2014 não teremos chance de errar”, conclui.

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