Da Redação   |   06/08/2009 14:48

Reservas via Travelport caem 15% no 2º trimestre

Os GDSs Galileo e Worldspan, da Travelport, tiveram no segundo trimestre um decréscimo em cerca de 15 milhões ou 15% no número de segmentos reservados, para 108,2 milhões, indicou hoje a holding do grupo. Em receitas líquidas essa quebra traduziu-se num decréscimo de 13% ou US$ 77 milhões

NOTÍCIA DO PRESSTUR

Os sistemas globais de distribuição (GDSs) Galileo e Worldspan, da Travelport, tiveram no segundo trimestre um decréscimo em cerca de 15 milhões ou 15% no número de segmentos reservados, para 108,2 milhões, indicou hoje a holding do grupo. Em receitas líquidas essa quebra traduziu-se num decréscimo de 13% ou US$ 77 milhões, para US$ 515 milhões.

As estatísticas dos GDS publicadas pela Travelport indicam que a queda do número de segmentos reservados (em 15%) ocorreu por decréscimos em 11% ou cerca de seis milhões nas Américas e em 19% ou cerca de dez milhões nos mercados internacionais.
Estas quedas são menores do que as indicadas para o primeiro trimestre, no qual o número de segmentos reservados baixou 16% ou 17,8 milhões, para 108,2 milhões, com quedas de 16% ou cerca de 8,4 milhões nas Américas, para 52,7 milhões, e de 17% ou cerca de 9,4 milhões, para 55,5 milhões.

“Volumes baixos de viagens continuam a pesar negativamente nos nossos ganhos em consequência da conjuntura global recessiva”, comentou o presidente e CEO da Travelport, Jeff Clarke, em declaração publicada com o balanço do segundo trimestre.

O executivo destaca ainda que, apesar desse quadro, a Travelport continuou a “investir agressivamente na nova geração de produtos e na expansão para novos mercados”.

O balanço publicado hoje indica que a Travelport Limited, holding do grupo Travelport, teve no segundo trimestre uma queda das receitas líquidas em 16%, para US$ 592 milhões, face a um decréscimo das despesas operacionais em 18,7%, para US$ 477 milhões, com o qual praticamente manteve o nível de resultados operacionais (US$ 116 milhões em 2008 e US$ 115 milhões este ano), embora em nível de resultados líquidos tenha um decréscimo de quase 34%, para US$ 39 milhões.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e provisões), indicador que as empresas consideram traduzir mais fielmente os resultados das operações, baixou 2%, para 183 milhões, mas quando ajustados os valores de efeitos não recorrentes a queda é de 12%, para 179 milhões, pelo que ainda assim a margem EBITDA sobe 1,35 pontos, para 30,2%.

Em relação ao negócio dos sistemas globais de reservas (GDS), no qual a Travelport está presente com o Galileo, líder deste mercado em Portugal, e o Worldspan, a informação especifica que o EBITDA melhorou 4% em relação ao valor publicado no ano passado, para 167 milhões, embora depois de ajustes tenha uma queda de 6%, para 173 milhões.

Apesar desta queda, tendo em conta que o decréscimo das receitas líquidas foi de 13%, a margem EBITDA dos GDS da Travelport sobe 2,5 pontos, para 33,5%.

Esta evolução é determinada, segundo a informação da holding, pelo fato de a queda de receitas ter sido compensado por melhor yield (preço médio) por segmento e redução das despesas operacionais, excluindo incentivos às agências e comissões, em 16% ou US$ 27 milhões, nomeadamente por ganhos em variações cambiais (dez milhões) e pela recuperação de oito milhões na resolução de um diferendo comercial.

Para a operadora do grupo, a GTA – Gullivers Travel Associates, que a Travelport descreve como um fornecedor multi-canal de hotelaria e serviços em terra, salientando que os seus parceiros vão das maiores cadeias hoteleiras aos mais pequenos operadores de circuitos panorâmicos, o balanço indica uma queda das receitas líquidas em 31% ou US$ 34 milhões, para US$ 77 milhões, e uma degradação do EBITDA em 42%, para 21 milhões.

Ajustado de elementos não recorrentes, o EBITDA da GTA cai 39%, para 22 milhões, levando a um decréscimo da margem EBITDA em 3,86 pontos, para 28,6%.

A informação publicada pela Travelport especifica que a queda das receitas líquidas decorre de um decréscimo em 26% do valor total das transacções, o qual, por sua vez, reflete um decréscimo em 16% as vendas de estadas na hotelaria e um impacto negativo de flutuações cambiais.

O destaque dos comentários dos gestores da Travelport Limited à atividade da empresa no segundo trimestre vai para a recompra de dívida com desconto, que o presidente de CEO, Jeff Clarke, afirma ter propiciado desde janeiro de 2008 uma redução da dívida em US$ 1 bilhão para o conjunto do grupo.

O primeiro responsável financeiro do grupo, o CFO Mike Rescoe, destacou por sua vez que apesar do aperto do crédito o acesso da Travelport aos mercados de capitais “permanece forte”, tendo registrado uma procura superior à disponibilidade para um financiamento de US$ 150 milhões, e acrescenta que com os US$ 134 milhões em dinheiro gerados pelas operações nos últimos três meses a tesouraria a 30 de junho estava em US$ 283 milhões em dinheiro ou instrumentos equivalentes.

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