Artur Luiz Andrade   |   13/12/2010 12:13

Saiba como proteger sua marca na internet

Dicas de especialista da PMWeb sobre como proteger sua marca dos concorrentes na internet; e por que usar a marca de um concorrente não é boa ideia

A recente discussão no blog Sem Reserva (blog.panrotas.com.br) com a Agaxtur e outras operadoras reclamando da Decolar.com e outros players em relação ao uso de suas marcas em links patrocinados (links pagos nos buscadores) teve bastante repercussão no trade. Abriu-se uma discussão sobre ética (como uma empresa pode pagar para estar relacionada à marca de um concorrente?), tecnologia, novos canais e conceitos.

Pedimos à PMWeb, empresa especializada no tema, e com sede em Porto Alegre, que preparasse um artigo técnico, mas com dicas sobre como proceder nessas situações. Augusto Rocha, um dos diretores, encomendou o artigo a sua especialista em links patrocinados, Lígia Buchfink, e o resultado, muito bom, está abaixo. Além das dicas sobre como proteger sua marca, Lígia também explica por que usar a marca de um concorrente não é a melhor das ideias para um fornecedor on-line.

"Links Patrocinados: O concorrente comprou minha marca, e agora?

De tempos em tempos ouvimos alguma reclamação sobre o uso de marcas registradas nos links patrocinados. Para os empresários, ver o anúncio do concorrente como resultado da pesquisa pelo seu serviço é uma decepção.

O sucesso de uma campanha de links patrocinados está na escolha das palavras-chaves corretas. Você pode comprar qualquer palavra que seja relevante para a sua campanha, basta oferecer o maior lance e seu anúncio será exibido na primeira posição. Então qualquer anunciante pode comprar qualquer palavra, inclusive uma marca, digamos que desprotegida.

Muitos questionam como isso é possível e julgam que deveria ser proibido. Porém, a marca é uma palavra como as demais e assim como pode ser comprada pelo seu proprietário, pode ser comprada pelo concorrente, e ser usada tanto como palavra-chave quanto no texto do anúncio.

Mas diante disso, o que fazer?
Os termos e condições do Adwords protegem a propriedade intelectual. O que poucos sabem é que o Google tem sim uma política de marcas registrada e leva muito a sério este assunto. Para garantir a sua proteção, basta seguir as orientações e reivindicar a propriedade de marca junto ao Google.

No Brasil o detentor da marca pode solicitar a sua proibição nos textos dos anúncios e também na compra de palavras-chaves; assim, a marca não será incluída em nenhum dos casos.

Há ainda dois tipos de reivindicação, a proibição do uso da marca de forma específica, onde a restrição se limitará a um anúncio pontual, ou de forma geral, em que nenhum anunciante do segmento e região de registro da marca poderá usar o termo.
Para fazer a solicitação é necessário preencher o formulário de reivindicação de marca registrada (https://services.google.com/inquiry/aw_tmcomplaint).

Mas atenção, neste formulário será fundamental liberar a o uso da marca em sua conta de Adwords, caso contrário a restrição se aplicará também aos seus anúncios. E quem tiver uma agência que administre sua conta, precisará autorizá-la também. Isso é feito através do ID das contas envolvidas e o formulário oferece campos específicos para estas liberações.

Para saber mais sobre registro de marcas: http://adwords.google.com/support/aw/bin/answer.py?hl=br&answer=6118

5 motivos para não usar a marca do concorrente em sua campanha de Links Patrocinados:
1 - O índice de qualidade desta palavra será baixo – este índice é baseado no conteúdo do site anunciante. O nome do concorrente não aparecerá no site, portanto, o índice fica baixo;

2 - Baixa relevância – a palavra não terá relevância, devido à baixa qualidade;

3 - Alto CPC – com um resultado ruim de relevância e de qualidade da palavra-chave, seu CPC será muito alto;

4 - O consumidor que busca por uma marca está disposto a comprar desta marca, então serão necessários ótimos argumentos de venda para mudar a opinião do consumidor em apenas 95 caracteres;

5 - Combinar baixo índice de qualidade, pouca relevância, alto CPC e pouca conversão não trará o ROI esperado para a sua campanha de Links Patrocinados.

Lígia Buchfink é consultora de Links Patrocinados PMWeb
ligia@pmweb.com.br"

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.