Renato Machado   |   02/01/2017 18:57

Análise mostra que 2017 será dificil para Airbnb e Uber

O futuro de companhias atuantes em plataformas de tecnologia disruptiva é ainda incerto no cenário global. Apesar de dúvidas, a projeção do mercado já não é das mais favoráveis como fora no passado, tanto para Uber quanto para Airbnb. U

Reprodução/Airbnb
O futuro de companhias atuantes em plataformas de tecnologia disruptiva é ainda incerto no cenário global. Apesar de dúvidas, a projeção do mercado já não é das mais favoráveis como foi no passado, tanto para Uber quanto para Airbnb, para citar os exemplos mais relevantes no Turismo. Uma das causas disso é a batalha que as empresas enfrentam para se enquadrar em legislações já vigentes ou avançar no debate sobre novas leis.

Em artigo publicado em sua versão on-line, o Financial Times aborda o tema, lembrando o quão diferente foi o início de 2016. À época, as expansões pareciam não ter limite e o Uber, por exemplo, caminhava em uma via com poucos ou nenhum obstáculo – prova disso era a chegada do Ubercopter (o Uber para helicópteros).

O ano passou, a importância dos serviços prestados por estas empresas cresceu e, com isso, a percepção de mercado e sociedade mudou. O lobista em tecnologias da Akin Gump, Michael Drobac, afirma que “legisladores e cidades estão tendo a noção de que eles não podem ignorá-los mais. Eles estão muito grandes, muito poderosos”. Para Drobac, o resultado desta percepção é uma mudança de panorama, na qual, as empresas, “ao invés de ter que insistir por um assento na mesa, estão sendo convidadas para o jantar”.

Grandes cidades ao redor do mundo já se movimentaram para dosar o avanço desenfreado das empresas. Em dois de seus maiores mercados, Amsterdã e Londres, o Airbnb já convive com um limite anual de noites que seus anfitriões podem listar no serviço. No Brasil, o serviço foi duramente criticado por entidades hoteleiras recentemente, e a nova Lei Geral do Turismo deverá estabelecer limites para a sua atuação.

O Uber, por sua vez, tem enfrentado frequentes disputas na Justiça com seus colaboradores. Em busca de reparações pelo status de “colaborador” e não de “funcionário”, esses profissionais já conseguiram, por exemplo, um ressarcimento de US$ 100 milhões na Califórnia e em Massachusetts. Ainda assim, “brigar” talvez não seja o melhor termo, já que o Uber tem apostado em acordos para resolver tais situações pontuais.

Ambos os casos, se replicados em escala global, poderão representar o maior desafio da história dos dois serviços. Por isso, 2017 talvez veja ações mais brandas das empresas. O Airbnb já caminha nesse sentido, com seus mais de 100 clubes que unem anfitriões e hóspedes e discutem, sem necessariamente envolver o tema “legislação”, formas de se aprimorar o serviço prestado em determinada região.


*Fonte: Financial Times

conteúdo original: http://bit.ly/2hhqPkE

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