Rafael Carreira   |   18/08/2014 11:50

Abav pede que governo suspenda compra direta

A Abav Nacional, em parceria com a Abav-DF, continua estudando medidas para suspender a decisão do governo federal de adotar um programa de compras centralizadas e adquirir bilhetes aéreos diretamente das companhias aéreas (Aviso de Credenciamento nº. 01/2014).

A Abav Nacional, em parceria com a Abav-DF, continua estudando medidas para suspender a decisão do governo federal de adotar um programa de compras centralizadas e adquirir bilhetes aéreos diretamente das companhias aéreas (Aviso de Credenciamento nº. 01/2014). A entidade alega que a medida lesará o setor de viagens e turismo e é totalmente contrária à Política Nacional do Turismo. Em julho, a Abav entregou um requerimento à Comissão Especial de Credenciamento, solicitando a revisão e suspensão desta medida.

A afirmação do chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gestão do Ministério do Planejamento, Valter Correia, de que o governo tem interesse na compra de passagens e não de pacotes, excluindo a obrigatoriedade de contratar serviços de profissional especializado, causou indignação à entidade, pois, segundo o presidente da Abav Nacional, Antonio Azevedo, revela o desconhecimento do servidor sobre as atividades realizadas.

“Se as maiores empresas do Brasil e do mundo são atendidas pelas agências de viagens especializadas, certamente que não é para comprar pacotes de viagens e sim para atender de forma competente suas políticas de viagens”, argumenta Azevedo, lembrando que em mercados consolidados, como os Estados Unidos, o governo federal possui tarifa-acordo negociada com as companhias aéreas e com os hotéis, mas a gestão operacional é de responsabilidade das agências de viagens contratadas e ao governo compete a auditoria e o controle do processo como um todo.

O executivo afirmou ainda que a decisão também é extremamente prejudicial, pois impacta negativamente na movimentação econômica do setor e na geração de emprego, renda e receitas públicas das agências, sobretudo às que acumulam expertise e foco de atuação no atendimento aos diversos órgãos da administração pública. A entidade prevê o encerramento das atividades de dezenas de pequenas e médias empresas, redução expressiva no quadro de colaboradores das agências e, como consequência, aumento no número de trabalhadores desempregados.

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