O Brasil foi o terceiro destino mundial de investimento estrangeiro direto (FDI, na sigla em inglês) no ano passado, segundo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). De acordo com o relatório, o Brasil recebeu US$ 85 bilhões em investimentos diretos estrangeiros no ano passado, aumento de 68% em relação a 2021. O volume coloca o País atrás apenas dos Estados Unidos, com US$ 318 bilhões e da China, com US$ 180 bilhões.

O crescimento, de acordo com o relatório, foi motivado por reinvestimentos dos lucros das empresas e mudanças nas dívidas internas das companhias. Segundo a OCDE, o resultado mostra que o Brasil ganha destaque como destino atraente para investidores internacionais, ao ter uma economia diversificada e liderar a produção de commodities. O relatório coloca ainda o Brasil como um dos países com maior potencial de crescimento econômico no mercado financeiro mundial e aponta como positivas medidas para facilitara entrada de investimentos internacionais pela simplificação de processos regulatórios e implementação de políticas econômicas que favorecem o mercado financeiro.

O resultado brasileiro contrasta com a queda de 24% do FDI global, que chegou a US$ 1,28 bilhão. Ainda segundo o relatório, isso teria acontecido pela retirada de capital de uma grande multinacional de Luxemburgo. Sem o país no cálculo, o FDI no mundo teve redução de 5% no ano passado.

A OCDE diz ainda que as operações de fusão e aquisição internacionais mantiveram trajetória descendente em 2022 devido a tensões geopolíticas, aperto financeiro e aumento de risco de recessão. A queda nos fluxos globais de FDI ocorreu especialmente no último trimestre de 2022, 95% abaixo do trimestre anterior. O relatório da OCDE é um dos indicadores mais confiáveis para investidores que procuram mercados internacionais.