Bruno Hazov   |   31/07/2023 18:49

Fitch aumenta nota de crédito da Petrobras e mais 18 empresas

Crescimento é o primeiro em 15 anos e reflete reformas fiscais e políticas recentes no Brasil


Divulgação
Agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito da Petrobras de BB- para BB
Agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito da Petrobras de BB- para BB

Após aumentar a nota do Brasil na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch Ratings aumentou a nota de crédito da Petrobras de "BB-" para "BB". O aumento é o primeiro em 15 anos e reflete reformas fiscais e políticas recentes no Brasil.

Segundo a agência, o aumento não se deve ao recente desempenho da empresa, mas pelo aumento geral na nota de crédito do Brasil, mostrando um comprometimento geral do País em relação a reformas fiscais e crescimento econômico. No ambiente nacional, a nota de crédito da Petrobras se manteve em AAA, a classificação mais alta da Fitch. O anúncio culminou em uma alta de 5% nas ações da Petrobras na manhã desta segunda-feira (31).

Outras 18 empresas com grande participação de operações em solo brasileiro passaram de BB para BB+ na classificação da agência. São elas: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Rumo, Localiza, Engie Brasil, Rede D’Or, Energisa, Taesa, BR Malls, Alupar, Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), MRS Logística, Energisa Minas Rio, Energisa Paraíba, Energisa Sergipe, Aché Laboratórios Farmacêuticos, Transportadora Associada de Gás (TAG) e Globo Comunicação e Participações.

Com a nova classificação, a Petrobras e o Brasil ficam a dois passos de atingir o chamado "grau de investimento", como é chamada a classificação entre BBB e AAA, que contemplam os países mais seguros para se investir.

Recentemente, a Petrobras anunciou mudanças na política de pagamentos de dividendos aos acionistas, reduzindo de 60% para 45% o percentual de fluxo de caixa operacional (FCO) menos os investimentos (Capex) a ser devolvido ao acionista. A mudança permitiu a implementação de um inédito programa de recompra de ações, parte do novo plano de remuneração aprovado pelo conselho de administração, que será aplicada a partir do segundo trimestre de 2023.

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