Artur Luiz Andrade   |   27/06/2023 13:57
Atualizada em 27/06/2023 15:27

Presidente da B3 analisa potencial do setor de Viagens e Turismo no Brasil

Gilson Finkelsztain acredita que setor de Viagens e Turismo pode atrair mais investidores

PANROTAS / Emerson Souza
Gilson Finkelsztain acredita que setor de Viagens e Turismo pode atrair mais investidores com mais empresas abrindo capital
Gilson Finkelsztain acredita que setor de Viagens e Turismo pode atrair mais investidores com mais empresas abrindo capital

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, acredita que o setor de Viagens e Turismo pode sim atrair o interesse de investidores ao ter mais empresas abrindo capital, a exemplo da CVC Corp, que hoje celebrou dez anos na Bolsa. Finkelsztain afirmou que o Brasil está em um momento de virada, depois de um começo de governo ruidoso, e acredita no crescimento no segundo semestre e no aumento do interesse de investidores nas empresas listadas na Bolsa.

PANROTAS – Como você vê a indústria de Viagens e Turismo, que engloba da aviação à hotelaria e parques, no contexto da abertura de capitais. Não são muitas empresas com capital aberto, mas que potencial você vê para isso?

GILSON FINKELSZTAIN – Acho que estamos vivendo um momento de virada no País. O Brasil tem um potencial enorme no Turismo e estou de braços abertos aqui na Bolsa para receber os vários agentes que trabalham nesse ecossistema todo de Turismo, para crescer, para abrir capital um dia, e fazer do Turismo o que merece. Ter um market share global que merece. Sabemos desse potencial. Estou aqui então torcendo para que essa virada econômica traga mais negócios para o nosso Turismo e para perto da Bolsa.

PANROTAS – O Turismo tem algo melhor ou pior do ponto de vista de atração de investidores na Bolsa?

FINKELSZTAIN – Acho que não. O Turismo é mais um dos setores da economia que vemos com potencial para trazer empresas para captação. Mercado de capitais é democrático, não faz muita distinção entre setores. Se você tiver uma boa história corporativa, com potencial de crescimento e geração de valor para o acionista você tem espaço para captação. Às vezes o interesse do investidor muda para alguma empresa de um setor específico, mas o potencial é enorme. Quem trabalhar sério vai chegar na Bolsa e ser bem-sucedido.

PANROTAS – Como você avalia esse momento de virada da economia e do País?

FINKELSZTAIN – Acho que o início de governo foi um pouco ruidoso, o que assustou um pouco a comunidade financeira, e os empresários. Mas agora com um plano de governo um pouco mais claro, responsabilidade fiscal, combate inflação sendo bem sucedido e os juros caindo, a gente vai ter o crescimento econômico chegando, mais para o segundo semestre ou início do ano que vem. O que vai fazer com que tenhamos dias melhores no nosso País.

PANROTAS / Emerson Souza
Gilson Finkelsztain, presidente da B3 e Fábio Godinho, CEO da CVC
Gilson Finkelsztain, presidente da B3 e Fábio Godinho, CEO da CVC

PANROTAS – E qual sua análise sobre a performance da CVC Corp nesses dez anos?


FINKELSZTAIN – É uma empresa que teve altos e baixos, mas essa é a dinâmica. Nem todo mundo tem céu de brigadeiro quando pega esse avião, e os desafios corporativos são muitos. A gente teve no meio do caminho uma pandemia, que foi cruel com muitos setores, e o Turismo foi o setor mais impactado em 2020. E que essa seja a marca de uma virada corporativa, de uma empresa tão bacana, que tem 51 anos, e que resolveu através de governança corporativa se listar, abriu capital e está aproveitando agora todos os benefícios de ser uma empresa aberta que pode captar recursos de investidores e ter um plano para retomar seu crescimento. Espero que os dias sejam ótimos nesse novo momento da CVC Corp.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.