Os pedidos de falência aumentaram 44% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022, segundo levantamento da Serasa Experian. Foram registrados 255 pedidos de falência e 289 de recuperação judicial nos três primeiros meses do ano, segundo o estudo. Em relação ao ano passado, os pedidos de recuperação judicial registraram aumento de 37%.

Segundo o economista da Serasa, Luiz Rabi, as altas taxas de juros e o endividamento das pessoas foram as principais razões para esse cenário. “Na raiz deste aumento estão dois fatores econômicos fundamentais: taxas de juros extremamente elevadas e outro fator – mais de 70 milhões de brasileiros inadimplentes”, diz. “Então, é muita gente que não está conseguindo pagar os seus credores, fator que acaba prejudicando a situação financeira das empresas, podendo levá-las a essa situação de insolvência.”

Para o economista, o endividamento tem consequências especialmente para as empresas de varejo e serviços, que não recebem do consumidor e precisam lidar com prejuízos. Os pedidos de recuperação judicial avançaram principalmente entre as grandes empresas, com aumento de 94%. Entre as médias, o crescimento foi de quase 9%. Em relação às falências, as médias empresas registraram maior aumento, com 64%.

*Fonte: Agência Brasil