Da Redação   |   10/05/2019 18:42

Futuro do Turismo pede jornadas simplificadas nos aeroportos

Filas intermináveis nos postos de controle, tanto no embarque como no desembarque, são exemplos de como a jornada de um turista pode ser bastante complicada

De acordo com a Organização Internacional da Aviação Civil (Icao), o número de passageiros transportados em 2018 foi de 4,3 bilhões, seguindo crescimento constante há anos e criando uma expectativa de que tal número dobre até 2030. Entretanto, mesmo sendo sinônimo de relaxamento, uma viagem pode ficar aquém do esperado pelo viajante, principalmente por conta da experiência vivida em determinados aeroportos.

Flickr/Hugh Llewelyn
Aeroporto Changi, em Singapura
Aeroporto Changi, em Singapura
Filas intermináveis nos postos de controle, tanto no embarque como no desembarque, são bons exemplos de como a jornada de um turista pode ser bastante complicada. Apesar disso, o futuro é promissor, e inovações tecnológicas recentes se espalharam por diversos terminais e outros pontos de entrada de países mundo afora.

UMA JORNADA SIMPLIFICADA
Há alguns anos, andar por um aeroporto sem precisar mostrar seu passaporte ou cartão de embarque a cada posto de controle teria sido considerado um sonho. Hoje, isso já é uma realidade, principalmente onde sistemas de biometria e gerenciamento de identidade são usados como aliados para permitir que os passageiros tenham uma jornada simplificada.

Um ótimo exemplo de novas práticas é o aeroporto Changi, em Singapura, que conseguiu se reinventar e proporcionar uma jornada agradável aos seus clientes. Para isso, reduziu tempo de espera, melhorou a experiência geral dos passageiros e brilhou no cenário internacional como o melhor aeroporto do mundo pelo sétimo ano consecutivo.

VANTAGENS EM VÁRIAS FRENTES
Para os passageiros, a jornada pelo aeroporto será livre de estresse, além de mais tranquila e rápida. Não terá gargalos, interrupções e tampouco a necessidade de mostrar seu cartão de embarque a cada poucos minutos. Ao invés disso, a tecnologia biométrica captura os dados de cada pessoa, como rosto, íris e impressões digitais, obtendo-as a cada ponto de controle, incluindo segurança, envio de bagagem expressa, embarque, saguões e etc.

Para os aeroportos, um deslocamento mais tranquilo permite que os funcionários localizem os passageiros, o que reduz o tempo de processamento no embarque e desembarque, melhorando o tempo médio de permanência de aeronaves. Além disso, melhorias podem ser vistas na qualidade de serviços, segurança e no ranking de desempenho aeroportuário.

Para as companhias aéreas, soluções de alta tecnologia podem ser trunfos importantes para fidelizar passageiros e diminuir atrasos, uma vez que aceleram o processo de embarque de passageiros. Entretanto, empresas privadas precisam estar cientes dos riscos envolvidos em relação ao processamento dos dados de seus clientes.

SEGURANÇA E PRIVACIDADE
Os dados biométricos dos passageiros são privados e confidenciais, necessitando do máximo de segurança possível por parte dos aeroportos e companhias aéreas. Vazamentos de informações de duas das mais importantes redes sociais ocorridos em 2018, por exemplo, impactaram mais de 90 milhões de usuários, e brechas como essas podem ter efeitos devastadores na reputação de uma empresa, além de danos econômicos dramáticos.

Já para os passageiros, dados vazados podem levar a fraudes e possíveis roubos de identidade. Mesmo assim, 65% das pessoas estão dispostas a compartilhar mais informações pessoais, considerando endereço, foto, entre outras, para acelerar o processamento em aeroportos. Já 45% dos viajantes escolhem a identificação biométrica como substituição dos passaportes, enquanto 56% deles gostariam de rastrear suas bagagens.

Se os números nunca mentem, os mencionados demonstram que há uma necessidade de expansão da jornada simplificada. A experiência do aeroporto Changi, de Singapura, provou que a tecnologia é essencial para deixar a vida dos passageiros sem estresse, na medida do possível, ao mesmo tempo em que proporciona segurança e paz de espírito às empresas e passageiros envolvidos.

É hora de embarcar nessa onda e deixar que a jornada simplificada nos leve para onde precisamos ir!

Artigo escrito por Franck Maurin, diretor de Produtos e Soluções para Passageiros e Controle de Fronteiras na Idemia

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