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Victor Fernandes   |   18/02/2021 15:41

Sita compartilha 10 dicas para gestão eficaz de fronteiras

A Sita defende que a segurança da fronteira trata-se de ajudar a estimular o comércio e o Turismo

Divulgação / Uruguay Natural
Em novo relatório, a Sita defende que a segurança da fronteira é mais do que manter seu país seguro. Trata-se de ajudar a proteger a economia e estimular o comércio e o Turismo. Trata-se de criar uma maneira segura, fácil e sem estresse para os viajantes entrarem em seu país. Pensando nisso, o diretor de Estratégia e Portfólio, Gestão de Fronteiras e Serviços Governamentais da Sita, Peter Sutcliffe, compartilhou as 10 principais dicas a seguir ao procurar implementar um sistema eficaz de gestão de fronteiras. Confira abaixo.

Política e legislação

As políticas que governam as fronteiras em muitos países foram definidas ao longo de décadas de evolução. A primeira dica é garantir que suas políticas estejam atualizadas e sejam relevantes para o mundo de hoje para continuar a garantir que apenas as pessoas certas possam entrar em seu país. Mas a tecnologia muda quase diariamente, fornecendo novas maneiras de gerenciar e proteger sua fronteira. As políticas precisam ser capazes de evoluir junto com a tecnologia para poder utilizá-las totalmente ao seu favor e garantir que os direitos humanos dos viajantes sejam protegidos.

Colaboração

Existem várias ameaças de várias origens que ameaçam uma fronteira, seja atividade criminosa, terrorismo, lavagem de dinheiro, contrabando de pessoas, pandemias ou tráfico de vida selvagem. Para uma fronteira eficaz, um país precisa de todas as suas agências e partes interessadas externas trabalhando juntas para compartilhar informações, identificar ameaças e agir de acordo com elas. As agências se beneficiarão da colaboração internacional com outros países, a Interpol, a ONU ou outros órgãos intergovernamentais.

Gestão integrada de fronteiras

Para o diretor da Sita, deve haver um foco constante na eficiência e integração na gestão de fronteiras. Há informações críticas de tempo que precisam ser enriquecidas ou utilizadas por grupos diferentes. Ao garantir que todos os sistemas estejam totalmente integrados e funcionando em harmonia, é possível garantir que os oficiais de fronteira e outros oficiais tenham as informações certas, no momento certo, para tomar as decisões certas. Por meio do gerenciamento de fronteiras totalmente integrado, haverá uma visão operacional completa do que está acontecendo a qualquer momento em todas as suas fronteiras. Isso permitirá o ajuste de políticas e operações para se adaptar às mudanças planejadas e previstas, bem como lidar com o inesperado.

Identidade

O uso de Sistemas Eletrônicos de Viagem que incluem Autorização de Viagem (vistos e ETA), Processamento Antecipado de Passageiro (APP), Registro de Nome do Passageiro (PNR) e Informações Antecipadas do Passageiro (API) fornecem a capacidade de capturar as informações para entender sobre quem está viajando, os motivos por trás de suas viagens, e tomar medidas, se for o caso. A biometria é essencial ao fornecer a garantia da identidade de alguém em todas as fases da jornada.

Inteligência

Se os governos puderem obter inteligência antes que os viajantes cheguem à fronteira, as autoridades poderão identificar aqueles que representam uma ameaça. Trata-se de juntar os pontos de várias fontes, sejam autorizações de viagem como vistos ou informações de passageiros das operadoras com API, PNR e APP. Esses dados podem ser enriquecidos com seus próprios dados de referência e identidade, e links não óbvios detectados para entender completamente a intenção de cada viajante que chega ou sai de seu país, com o conhecimento para agir de forma eficaz.

Imagem operacional comum

De acordo com o relatório, as agências governamentais precisam ter uma visão consistente e tão completa quanto possível, para tomar decisões acertadas e informadas. Uma imagem operacional comum permite que as agências acessem todas as informações relevantes sobre cada viajante que deseja cruzar sua fronteira. Isso permitirá que eles colaborem efetivamente entre si para alcançar seus objetivos mútuos.

Automação

A tecnologia permite que os viajantes tenham uma experiência completa e sem contato. Isso é atingido quando eles fornecem sua identidade e intenção de viajar antes da partida para eGates e quiosques de controle automatizado de fronteira prontos para sua chegada. Isso, e o uso de inteligência para avaliar o risco de cada viajante, liberam os agentes de controle de fronteira para focalizar sua atenção onde necessário.

Abordagem em camadas

Ao adotar uma abordagem em camadas para o gerenciamento de fronteiras, autoridades podem tomar decisões eficazes sobre o risco dos viajantes no início da viagem e, de preferência, antes de começarem a viajar. Por exemplo, combinando informações do passaporte digital e ETA com Processamento avançado de passageiros (APP), você pode negar o embarque de um passageiro em tempo real, antecipando o controle de fronteira para o ponto de partida. Essa abordagem pode até mesmo garantir que apenas viajantes de baixo risco devidamente autorizados partam para o aeroporto.

Garantia de dados

Os valiosos insights gerados pelos sistemas de fronteira e seu ecossistema devem ser protegidos, segundo Sutcliffe. A segurança da informação é fundamental. Mais do que isso, é essencial para a reputação do país e para as relações internacionais que as ações tomadas sejam éticas - refletindo os princípios de direitos humanos e justiça, e tenham a comunidade de interesses apropriada e transparência. As decisões nunca devem ser totalmente automáticas; deve sempre haver um 'humano no circuito'. Os dados fornecidos por indivíduos ou pela indústria para melhorar as operações de fronteira devem respeitar os padrões internacionais de privacidade e adequação de uso.

Pessoas

Inteligência, integração, automação e todos os outros pontos acima podem ser facilmente desfeitos se não tiver os agentes treinados corretamente nas posições certas. A inteligência artificial e o aprendizado de máquina só podem levar o controle de fronteira até um determinado ponto; os países ainda precisam do elemento humano para supervisionar quem exatamente deve ou não ter permissão para entrar. Isso permite salvaguardas validando todas as informações e recomendações antes de serem implementadas.

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