Da Redação   |   12/09/2022 15:22
Atualizada em 12/09/2022 15:46

Aeroporto de Congonhas (SP) poderá operar mais voos em 2023

Terminal da capital paulista poderá operar 44 movimentos de pousos e decolagens por hora a partir de março

PANROTAS / Filip Calixto
O aeroporto de São Paulo poderá operar 44 movimentos de pousos e decolagens por hora a partir de março
O aeroporto de São Paulo poderá operar 44 movimentos de pousos e decolagens por hora a partir de março
O aeroporto de Congonhas (SP) poderá operar 44 movimentos de pousos e decolagens por hora a partir de 26 de março de 2023, um aumento em relação ao limite atual, de 41 movimentos. A declaração da nova capacidade, formalizada pela Infraero na última segunda-feira (5), foi publicada pela Anac. Em agosto, Congonhas foi arrematado pela empresa espanhola Aena no leilão da 7ª rodada de concessões aeroportuárias, mas a administração do ativo ainda não foi repassada à iniciativa privada.

Em comunicado, a Anac explicou que o requerimento foi baseado nas capacidades instaladas após investimentos realizados recentemente. A avaliação de capacidade considera se o operador aeroportuário, no caso a Infraero, está ciente dos efeitos e riscos da mudança, e se houve atuação em ordem para mitigar possíveis consequências negativas. A Infraero já havia indicado em meados do ano que teria porte para subir o número de voos no aeroporto de Congonhas.

Na época, a sinalização da estatal gerou reação em parte do setor e em associações de moradores que temem o aumento de movimentação no terminal. Isso porque a expansão de pousos e decolagens entra em conflito com interesses diversos, desde os moradores da região que são afetados pelo barulho e trânsito, até as empresas aéreas, que temem pelo aumento da concorrência. O acréscimo de operações abre espaço para outras companhias, como a Azul por exemplo, aumentarem suas operações no terminal, onde Gol e Latam são dominantes.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa companhias como Gol e Latam, afirmou à época que a expansão de voos só deveria ocorrer após "investimentos significativos" no terminal de passageiros do aeroporto.

Para a Infraero, no entanto, os investimentos já feitos são suficientes para comportar a nova capacidade. Além de melhorias no terminal de passageiros, outros projetos são destacados por quem defende a ampliação, como a reforma da pista principal, concluída no fim de 2020, e o novo sistema e estrutura para voos internacionais de aviação executiva, que contou com R$ 222 milhões do governo federal.

Com a declaração de capacidade publicada pela Anac, a Infraero tem até o início de outubro para elaborar um plano de operação com o novo status. Em novembro, por sua vez, a agência reguladora irá divulgar a distribuição dos slots em Congonhas para cada companhia aérea, com base nas novas regras publicadas em junho. Relatório do BTG Pactual produzido na ocasião apontou que, a partir deste regramento, haveria espaço para a Azul aumentar sua participação no aeroporto de 7% para cerca de 15%.

Esta notícia conta com informações da Folha de S.Paulo e da Exame.

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