Filip Calixto   |   23/04/2025 10:26

ACI-LAC aponta entraves à conectividade aérea regional da América Latina

Relatório analisa os desafios da região e propõe estratégias para fortalecer a conectividade aérea

Unsplash/Alev Takil
Estudo aponta que a conectividade aérea na América Latina e Caribe é inferior à de regiões como a Europa e o Sudeste Asiático, onde políticas mais abertas resultaram em ampliação de rotas, redução de custos e aumento do tráfego
Estudo aponta que a conectividade aérea na América Latina e Caribe é inferior à de regiões como a Europa e o Sudeste Asiático, onde políticas mais abertas resultaram em ampliação de rotas, redução de custos e aumento do tráfego

O Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e do Caribe (ACI-LAC) divulgou um estudo sobre o estado da liberalização do transporte aéreo na região. Elaborado pela consultoria Netherlands Airport Consultants (NACO), o relatório analisa os principais entraves à expansão da conectividade aérea e propõe estratégias para ampliar o acesso, reduzir barreiras regulatórias e incentivar o desenvolvimento econômico a partir dos aeroportos.

O estudo aponta que a conectividade aérea na América Latina e Caribe é inferior à de regiões como a Europa e o Sudeste Asiático, onde políticas mais abertas resultaram em ampliação de rotas, redução de custos e aumento do tráfego. De acordo com a pesquisa, os acordos bilaterais atuais impõem restrições que afetam principalmente aeroportos regionais e secundários, com potencial ainda pouco explorado.

A publicação também destaca experiências internacionais bem-sucedidas, como o Mercado Único Europeu e o acordo de céus abertos entre Austrália e Nova Zelândia, para mostrar os impactos positivos da remoção de barreiras ao transporte aéreo.

Entre as recomendações do relatório estão:

  • Fortalecer a cooperação entre governos, aeroportos e companhias aéreas, visando à assinatura de acordos multilaterais e à eliminação de entraves regulatórios.
  • Revisar e simplificar normas e processos de autorização, além de promover mais transparência na distribuição de slots.
  • Investir no desenvolvimento de rotas para aeroportos regionais, estimulando o crescimento de mercados locais e ampliando o acesso.

O diretor-geral da ACI-LAC, Rafael Echevarne, afirmou que a liberalização deve ser tratada como um meio para aumentar a competitividade e impulsionar o potencial da região em um mercado globalizado. Já Marcelo L. García, da NACO, defendeu que os aeroportos podem liderar políticas públicas voltadas à conectividade regional e ao crescimento sustentável do setor.

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