Pedro Menezes   |   03/07/2025 15:26

Greve de controladores aéreos cancela mais de 1,5 mil voos na França

Paralisação afeta cerca de 300 mil passageiros em pleno início da temporada de férias de verão na Europa

Divulgação/Air France
A paralisação está sendo conduzida por dois dos principais sindicatos da categoria: o UNSA-ICNA e o USAC-CGT
A paralisação está sendo conduzida por dois dos principais sindicatos da categoria: o UNSA-ICNA e o USAC-CGT

Uma paralisação de dois dias iniciada nesta quinta-feira (3) por controladores de tráfego aéreo na França já afetou cerca de 300 mil passageiros em pleno início da temporada de férias de verão na Europa. A greve, que deve se estender até sexta-feira (4), atinge aeroportos de todo o país, incluindo o Charles de Gaulle, em Paris.

Segundo a associação Airlines for Europe, mais de 1,5 mil voos já foram cancelados para os próximos dois dias. Apenas a Ryanair, companhia de baixo custo, anunciou 468 cancelamentos, enquanto a EasyJet cancelou outros 274 voos. A Air France, embora tenha ajustado sua malha aérea, manteve os voos de longa distância, bem como a Lufthansa e a British Airways que também alteraram suas operações.

A paralisação está sendo conduzida por dois dos principais sindicatos da categoria: o UNSA-ICNA e o USAC-CGT. Ambos reivindicam a modernização dos equipamentos utilizados no controle de tráfego aéreo, além de protestarem contra a escassez de pessoal e um ambiente de trabalho que classificam como tóxico.

A DGAC pediu redução de 25% dos voos nos aeroportos parisienses e até 50% em outros terminais, com destaque para o sul da França. “A DGAC (Direção Geral da Aviação Civil) continua prometendo recursos, mas os sistemas estão ultrapassados e nossos profissionais são pressionados a compensar falhas com esforço humano”, afirmou o sindicato UNSA-ICNA em comunicado.

O ministro dos Transportes da França, Philippe Tabarot, classificou as reivindicações como “inaceitáveis”, enquanto a associação Airlines for Europe acusou a França de ser o elo mais frágil do controle aéreo na Europa, destacando os altos índices de atrasos registrados em 2025.

Fonte: Reuters

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