EUA mantêm redução de 6% dos voos comerciais mesmo após fim do shutdown
Decisão ocorre após o retorno de mais controladores de tráfego aéreo ao trabalho, segundo o DOT

O governo norte-americano anunciou que a redução de voos em 40 dos principais aeroportos continuará em 6%, ao invés dos 10% que estavam previstos para o fim da semana. A decisão ocorre após o retorno de mais controladores de tráfego aéreo ao trabalho, segundo o Departamento de Transportes (DOT).
A medida foi divulgada horas antes de o Congresso aprovar e o presidente Donald Trump assinar a lei que encerra o mais longo shutdown da história dos Estados Unidos, que havia paralisado parte das operações do governo federal por várias semanas.
Os cortes começaram na semana passada, quando controladores de voo começaram a faltar ao trabalho por estresse e necessidade de buscar empregos temporários, após ficarem sem receber dois salários durante a paralisação do governo. A escassez de pessoal obrigou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o número de pousos e decolagens em dezenas de aeroportos para garantir a segurança do sistema.
Segundo o secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, a decisão de manter o limite de 6% foi baseada em recomendações da equipe de segurança da FAA após uma “rápida deterioração” nos índices de presença dos controladores. “Se a equipe de segurança determinar que as tendências estão se normalizando, apresentaremos um plano para retomar as operações normais”, disse ele.
Desde o início das restrições, mais de 10 mil voos foram cancelados, de acordo com o site FlightAware. Os cortes atingem grandes hubs como Nova York, Atlanta, Los Angeles e Chicago. A FAA havia planejado ampliar a redução de 4% para 10%, mas desistiu após a melhora no quadro de pessoal.
O grupo Airlines for America (A4A), que representa as principais aéreas do país, como American, Delta e United, celebrou o fim do shutdown e afirmou que a reabertura do governo permitirá normalizar as operações antes do feriado de Ação de Graças, daqui a duas semanas.
Com informações da Travel Weekly.