Rodrigo Vieira   |   30/08/2019 16:31
Atualizada em 30/08/2019 16:37

Rich Content and Branding e NDC: diferenças e semelhanças

O gerente de Otimização Tecnológica da Travelport, Eduardo Calamari, afirma que ambos coexistem tranquilamente. Ele está no Travelport Executive Forum, em Mendoza


Rodrigo Vieira
Eduardo Calamari, da Travelport
Eduardo Calamari, da Travelport

MENDOZA (ARGENTINA) - Se o New Distribution Capability, o NDC, código criado entre Iata e companhias aéreas, nasceu para padronizar a linguagem e vender ancillaries, qual seria a diferença entre ele e o Rich Content and Branding, programa da Travelport criado há mais de seis anos também para vender produtos que vão além do assento aéreo? Afinal, quando o NDC ficar mais encorpado, ele vai "engolir" o Rich Contend and Branding?

O gerente de Otimização Tecnológica da Travelport, Eduardo Calamari, afirma que ambos coexistem tranquilamente. "O Rich Content and Branding foi feito para vender assentos pagos e outros auxiliares via BSP ou cartão de crédito por meio de uma plataforma desktop ou API. Colocamos essa metodologia em prática mesmo sabendo da iminente chegada do NDC, portanto foi tudo planejado", explica o executivo.
"Ele tem codificação diferente, não é feito com base em textos. Podemos mostrar os produtos e serviços auxiliares das aéreas parceiras por meio de fotos, informações, diferenciais das cabines, presença de wi-fi a bordo, entre outros. Via de regra, tudo o que tem no site da companhia aérea a agência pode colocar na plataforma dela."

Rodrigo Vieira
Luis Carlos Vargas e Eduardo Calamari
Luis Carlos Vargas e Eduardo Calamari
Já o NDC é uma camada XML que além dos voos vai também buscar outras informações. Eu vejo como atualização do modelo antigo de configuração entre GDS e aérea. Antes os GDSs eram só texto, mas o NDC é XML e consegue abranger mais os tipos de informações que se trafega de um lado para o outro. Com ele é possível mandar uma foto mostrando os ancillaries, por exemplo", ilustra Calamari.

Ele conta que essa troca de informações gerou indigestão no começo entre fornecedores e distribuidores, pois as aéreas requisitaram saber quem estava comprando seu produto na outra ponta. "Eu particularmente não vejo como uma tentativa de atravessar, e sim saber melhor quem é o cliente dela para assim trocar e poder oferecer e aprimorar seus produtos e serviços com base no perfil médio do cliente."

Calamari conta que o API utilizado para entregar o conteúdo é o que faz NDC e Rich Content and Branding coexistirem. "Antigamente o GDS tinha comunicação de texto, depois se tornou mainframes, depois adicionamos outra camada com as low costs, também via XML. Mais para frente, chegou o Rich Content and Branding, e agora o NDC. Tudo isso é um portfólio de métodos de comunicação que de um lado conversa com os fornecedores e de outro com as agências, mas tudo acontece na mesma plataforma, via API", afirma. "As novidades são entregues por meio de 'tela azul' e, depois, colocadas em prática, são abertas para API."

TRAVELPORT ALÉM DAS RESERVAS

Além do sistema de reservas de voos, a Travelport vem tentando se mostrar cada vez mais como uma empresa de tecnologia a favor da indústria de viagens. Conhecedor dos produtos da empresa, Calamari afirma que hoje é possível prestar um serviço de consultoria completo e personalizar o serviço da agência ao máximo.

"Em algumas agências prestamos trabalho de consultoria, no qual encaixamos para elas todo o conteúdo que deseja entregar. Por exemplo, agências que só trabalham com aéreas e serviços de baixo custo. Podemos personalizar. Agências de luxo, com clientes de maior poder aquisitivo, também conseguimos filtrar e facilitar o serviço", afirma o executivo. "Resumindo: entregar tudo o que aquele viajante deseja receber."

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