Raphael Silva   |   19/07/2018 10:11

Guerra comercial entre EUA e China já afeta a aviação

Vendas de Airbus e Boeing encontram baixos resultados, e a alta cúpula do setor já acusa as medidas de Trump

Flickr/Gage Skidmore
Tensão criada entre EUA e China tem afetado as vendas de aeronaves às aéreas chinesas
Tensão criada entre EUA e China tem afetado as vendas de aeronaves às aéreas chinesas
Os reflexos da guerra comercial entre China e Estados Unidos chegaram ao mercado aeronáutico. Pelo menos é o que aponta o diretor comercial da Airbus, Eric Schulz. Após resultados de vendas pouco satisfatórios em uma das maiores feiras de aviação do mundo, a Farnborough International Airshow, o executivo colocou a culpa nas medidas protecionistas do presidente norte-americano, Donald Trump.

"Hoje, o mundo é governado pelos tweets que recebemos pelas manhãs de um lado do Atlântico", afirmou Schulz ao portal Bloomberg. "Então, você sabe que isso coloca muita pressão nas companhias aéreas", concluiu. Segundo ele, a relação comercial tensa entre os governos de EUA e China acaba minando os negócios das empresas que atuam nos dois países.

Informações ainda apontam que há diversos pedidos de companhias aéreas, em sua maioria chinesas, ainda sem uma definição. Isso se dá por conta de um comportamento padrão dessas empresas, que só revelam publicamente a compra de aeronaves após a aprovação do governo chinês. Entre os bens taxados pela China, em resposta às medidas de Trump, os aviões também se enquadram.

A CRISE

Há alguns meses, Trump anunciou medidas comerciais contra a China. Um memorando assinado pelo presidente pode fazer os EUA imporem tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos de tecnologia importados do país asiático, por apropriação indevida de propriedade intelectual.

Como resposta, o governo chinês anunciou tarifas de 25% sobre 128 produtos dos Estados Unidos, como soja, carros, aviões, carne e produtos químicos. Tudo isso causou uma extrema tensão, que se estende aos mais diversos setores, na relação comercial entre os dois.


*Fonte: Bloomberg

conteúdo original: https://bloom.bg/2mu1NPG

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