Movida

Marcel Buono   |   31/10/2018 09:00

CEO da Latam vê Brasil com otimismo e cautela

Para Enrique Cueto, cenário macroeconômico para 2019 ainda é nebuloso, mas acredita em aprimoramento nos negócios

Nos últimos meses, a incerteza em relação ao nome do futuro presidente do Brasil dificultou a estabilidade econômica do País, afetando também o mercado da aviação. Agora, com Jair Bolsonaro definido como próximo governante nacional, o desafio é prever o que será da nação nos próximos anos.

Para o CEO da Latam, Enrique Cueto, o cenário macroeconômico para 2019 ainda é desafiador, mas a esperança é de melhora para os negócios, definida com um sentimento misto de otimismo e cautela.

Emerson Souza
Enrique Cueto, CEO da Latam, analisa futuro do Brasil com cautela
Enrique Cueto, CEO da Latam, analisa futuro do Brasil com cautela
“A desvalorização do real frente ao dólar parece regredir após os resultados das eleições, mas ainda assim acredito que o próximo ano será desafiador para a região latino-americana. Acredito que o Brasil será mais favorável aos negócios, mas isso é algo que teremos que esperar para ver acontecer. Tudo ainda é muito imprevisível”, comentou Cueto durante o Alta Airline Leaders Forum, realizado na Cidade do Panamá, segundo o site FlightGlobal.

No segundo trimestre do ano, a Latam acumulou uma perda de US$ 114 milhões, registrando uma queda no lucro operacional de 86,6%. Os resultados negativos deixaram o executivo da companhia aérea preocupado, afinal, as perspectivas de recuperação ainda não se tornaram realidade.

“O terceiro trimestre do ano pode ser considerado ainda mais desafiador para a indústria. Vimos uma mistura de moedas nacionais enfraquecidas, principalmente no Brasil e na Argentina, e a escalada dos preços dos combustíveis. Não está claro o que vai acontecer em relação ao tráfego aéreo dos dois países. Talvez tenhamos que revisar nossa capacidade de operação e sermos mais cautelosos”, completou Cueto.

Recentemente, a Latam reduziu sua meta de crescimento em 2018 de 5% a 7% para 4% a 6%.

Tópicos relacionados

 AVALIE A IMPORTÂNCIA DESTA NOTÍCIA

Mais notícias