Artur Luiz Andrade   |   11/12/2018 15:27

Avianca Brasil estuda recuperação judicial e aguarda aporte

Avianca Brasil pode pedir recuperação judicial para evitar arresto de aeronaves


Divulgação
Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil
Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil
Dentro de seu processo de readequação de frota, depois de um ano repleto de dificuldades e desafios, a Avianca Brasil tenta encontrar formas de pagar menos aos lessores (arrendadores) de aeronaves e devolver apenas oito de seus aviões (de um total de 56). As negociações com a Aircastle, no entanto, segundo apurou o Portal PANROTAS, estão difíceis e a empresa pode perder 11 de suas aeronaves, além das oito já ociosas, o que afetaria suas operações.

Para manter as aeronaves da Aircastle em sua frota uma saída seria o pedido de Recuperação Judicial, que lhe garantiria a manutenção dos aviões para seguir o plano de recuperação.

A empresa aérea também aguarda para os próximos dias um aporte financeiro na casa de US$ 500 milhões, mas não há confirmação se seria da United Airlines. “A Avianca Brasil somente deixou de pagar aos arrendadores depois que iniciou a renegociação, pois vinha pagando valores acima do mercado”, disse uma fonte que não quis ser identificada. “A recuperação judicial seria uma saída para a empresa manter essas aeronaves”, garante essa fonte.

Um anúncio oficial deve ser feito em breve, pois até agora não há confirmação nem do aporte, nem do pedido de RJ.

Segundo o portal do Estado de S. Paulo, o pedido de recuperação judicial já foi feito.

DESEMPENHO NO ANO

Em 2018, a Avianca Brasil aumentou o número de passageiros transportados, com 9,7 milhões de viajantes até o momento. O acumulado de janeiro a outubro apresenta crescimento de 11,5% em relação ao mesmo recorte de 2017. Como comparação, Azul, Gol e Latam Brasil tiveram crescimentos de um dígito, segundo dados da Anac.

Na participação de mercado, medida em número de passageiros transportados, a Avianca Brasil também vem crescendo no ano. A aérea subiu de 11,7% para 12,6%, ao passo que seus rivais caíram, como Latam Brasil (-2%) e Azul (-0,7%), ou se mantiveram no mesmo patamar, como a Gol.

No mercado corporativo, a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) informa que a Avianca Brasil teve a tarifa média mais competitiva do terceiro trimestre de 2018, com R$ 530. No período, em viagens nacionais, foram gerados R$ 108 milhões para os cofres da aérea (9,6% do share de venda das TMCs associadas).

Atualmente, a Avianca Brasil atende 25 destinos domésticos e quatro no Exterior com mais de 260 decolagens diárias, utilizando 56 aviões da Airbus

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