Danilo Teixeira Alves   |   16/04/2019 11:35

Ex-funcionários da Avianca reclamam de falta de pagamento

Os ex-funcionários não receberam o salário de março, rescisão do contrato de trabalho e nem os 40% de multa do FGTS.

A situação da Avianca Brasil tem se complicado bastante nos últimos dias. Depois de ter a matrícula de dez aeronaves suspensa pela Anac e de cancelar mais de 300 voos entre os dias 15 e 20 de abril, a companhia ainda não acertou o pagamento e as multas rescisórias de colaboradores que foram desligados entre os dias 20 de março e 5 de abril. Procurada, a companhia aérea disse que não se manifestará sobre o assunto, de acordo com sua assessoria de imprensa. O Portal PANROTAS, porém, tem recebido diversos relatos diários de ex-funcionários.


Segundo alguns relatos, os ex-funcionários, que atuavam em diversas áreas internas da empresa, ainda não receberam o salário referente ao mês de março, a rescisão do contrato de trabalho e nem os 40% de multa do FGTS. Há casos em que a homologação dos desligados foi agendada para a segunda quinzena de maio, mais de 40 dias após a demissão.

“É praticamente impossível falar com alguém do RH da Avianca. Quando conseguimos, a resposta que temos é que não há previsão de regularização dos pagamentos”, diz uma das colaboradoras demitidas. “Quando questionei sobre a multa da rescisão com o RH, eles disseram que se eu quisesse eu teria que recorrer à justiça. Estamos cansados de humilhação”, completou outra ex-funcionária.

O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) pede para que os profissionais com valores a receber acionem o setor jurídico do sindicato. De acordo com o site do sindicato, muitos colaboradores da Avianca têm questionado o SNA sobre a falta de informação em relação à real situação da companhia. Porém, segundo o próprio portal do sindicato, as novidades não estão sendo divulgadas porque há uma falta de comunicação da Avianca com as entidades representantes das categorias.

No trade, desde sexta-feira passada consolidadores, operadoras e agências de viagens têm colocado equipes de plantão e reprogramado seus sistemas de reservas por conta das centenas de cancelamentos de voos. O setor aguarda, ainda, o leilão que prevê o fatiamento da companhia, de acordo com propostas da Latam e Gol.

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