O CEO da Southwest Airlines, Gary Kelly, tem respondido perguntas sobre o impacto da crise aos funcionários. No último vídeo, o mais longo, com mais de 13 minutos, o executivo afirmou que a companhia aérea será drasticamente menor se os negócios não melhorarem no período entre maio e julho. A mensagem aos mais de 60 mil funcionários ressalta o futuro incerto da aviação.

Kelly não entrou em detalhes financeiros, mas preparou os funcionários para a possibilidade de cortes nos benefícios, corte nos salários e dispensas não remuneradas involuntárias, novidade nos 50 anos de história da empresa. No entanto, afirmou que a companhia aérea está fazendo todo o possível para evitar isso, arrecadando bilhões de dólares, cortando mais da metade dos voos e estacionando centenas de aviões.

"Obviamente, isso não pode durar para sempre. Não podemos levantar tanto dinheiro (de novo). Então, o que a Southwest vai fazer? Desistimos? Bem, é claro que não. Lutamos... E lutamos como nunca lutamos antes. Lutamos para derrotar esse vírus. E lutamos por nossos clientes, todos eles. Eles são precioso e precisamos deles. E nunca seja rude", afirmou o CEO da Southwest aos seus funcionários.

Kelly também afirmou que não sabe qual é o futuro da empresa. "Nunca experimentamos algo assim em nossas vidas. Tenho muita fé que isso vai passar. Só não sei quando", disse. O CEO afirmou que os primeiros cortes serão realizados nos benefícios e salários, junto a sindicatos. Este seria um primeiro passo visando evitar a necessidade de licenças não remuneradas.

"Muitas empresas não sobreviverão a isso e talvez não seja por culpa própria. Muitos empregos serão destruídos. Serão perdidas instituições que levaram anos ou décadas para serem construídas. Mas a Southwest é preciosa demais para ser perdida. Todos nós somos os mordomos e os protetores do que foi construído há mais de 50 anos e devemos guardar esse tesouro que nos foi confiado com todas as nossas forças", concluiu Gary Kelly.