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Rodrigo Vieira   |   25/11/2020 16:28   |   Atualizada em 25/11/2020 16:29

Boeing 737 Max é liberado para voltar a voar no Brasil

Depois das agências norte-americanas, Anac dá sinal verde para o modelo; notícia interessa à Gol Linhas Aé


Emerson Souza
Gol é a única companhia brasileira a contar com o B737 Max em frota
Gol é a única companhia brasileira a contar com o B737 Max em frota

Uma semana depois de a autoridade norte-americana FAA liberar o retorno do Boeing 737 Max aos céus do país, foi a vez de a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dar sinal verde ao modelo. O processo foi concluído hoje, o qual a Anac avalia como um trabalho longo e independente. No País, a notícia interessa principalmente à Gol Linhas Aéreas, que possui B737-8 Max em sua frota.

"A Anac retirou a Diretriz de Aeronavegabilidade que restringia a operação do MAX no Brasil após concordar com a avaliação da FAA de que todos os elementos técnicos e regulatórios necessários para endereçar as questões de segurança foram realizados. A Diretriz de Aeronavegabilidade da FAA, divulgada no dia 20/11, foi adotada também pela ANAC e tem vigência automática no Brasil, devendo ser cumprida de imediato pelos operadores aéreos que pretendem operar o modelo", aponta comunicado da agência brasileira.

Segundo a Anac, a aprovação do novo projeto do Boeing 737-8 MAX reuniu apenas as quatro autoridades de aviação que compõe o fórum Certification Management Team (CMT): a autoridade da União Europeia European Union Aviation Safety Agency (EASA), a canadense Transport Canada Civil Aviation (TCCA) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que discutiram em conjunto com a FAA quais seriam as exigências para o retorno do modelo de aeronave às operações.

PRÓXIMOS PASSOS
Dentre as exigências de projeto está a determinação para a reconfiguração do sistema de controle de voo desse modelo de aeronave, a correção do roteamento do conjunto de cabos, revisões de procedimentos incorporados ao manual de voo e testes de recalibração dos sensores. Adicionalmente, também houve a revisão do programa de treinamento dos pilotos.

Tecnicamente, o retorno das operações é permitido com a revogação da Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência (DAE) nº 2019-03-01, que proibia a operação comercial desse modelo de aeronave no país, e com a comprovação do cumprimento das exigências de treinamento para tripulação e de projeto para os aviões. A DAE foi revogada também nesta quarta-feira (25/11) e a Gol Linhas Aéreas segue implementando, sob supervisão, os requisitos necessários para retorno das operações com as aeronaves Boeing 737-8 MAX em segurança.

FABRICANTE SE POSICIONA
Leia na íntegra o posicionamento da Boeing:

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), juntou-se hoje à autoridade de aviação civil norte-americana (Federal Aviation Administration ou FAA, na sigla em inglês), revogando o despacho que suspendeu as operações comerciais dos Boeing 737-8s no Brasil. As operações comerciais para esse tipo de aeronave poderão ocorrer uma vez que as companhias aéreas tenham atendido aos requisitos definidos no despacho da ANAC.

"Todos os dias nos lembramos, refletimos e nos dedicamos a garantir que acidentes como os que levaram à decisão de suspender as operações nunca mais aconteçam", disse David Calhoun, CEO da Boeing. "A Boeing trabalhou em estreita colaboração com a FAA e a ANAC para atender às suas expectativas de retomar as operações do 737 MAX com segurança no Brasil."

Ao longo dos últimos 20 meses, a Boeing realizou mais de 4.400 horas de testes, incluindo mais de 1.350 voos. Equipes de mecânicos e engenheiros da Boeing estabeleceram processos de manutenção adequados durante o armazenamento e já estão trabalhando para apoiar as atividades de despreservação das aeronaves no Brasil.

A segurança é a principal prioridade da Boeing e a empresa continuará a trabalhar com as agências reguladoras e nossos clientes para a retomada da operação das aeronaves globalmente.

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