Latam mantém projeção de crescimento na América do Sul em meio a incertezas globais
CFO destacou que Grupo Latam segue se beneficiando da forte demanda na América do Sul

Apesar do cenário global marcado por incertezas políticas e possíveis pressões tarifárias, especialmente nos Estados Unidos em meio a decisões polêmicas de Donald Trump, o Grupo Latam, que lucrou R$ 2 bilhões apenas neste 1° trimestre, mantém sua projeção de crescimento para a América do Sul em 2025.
Ricardo Bottas, diretor financeiro (CFO) do Grupo Latam, ressaltou a importância do monitoramento contínuo do ambiente internacional, mas reforçou a confiança na demanda regional, em coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (28), após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.
“Estamos analisando com bastante atenção os possíveis impactos de mudanças políticas e tarifárias, como as que já afetaram de forma mais evidente a demanda doméstica dentro dos EUA. Mas, até o momento, não observamos efeitos relevantes sobre as rotas de e para a América do Sul"
Ricardo Bottas, CFO do Grupo Latam

Muito pelo contrário. O executivo destacou ainda que a Latam segue se beneficiando da forte demanda na América do Sul e do posicionamento dominante em diversos mercados da região. “Temos confiança na preferência dos nossos clientes, o que sustenta nossa visão otimista para o segundo trimestre e para o restante do ano”, disse.
Segundo o executivo, a preocupação da companhia hoje se concentra em dois eixos principais: o impacto potencial na demanda e o risco de aumento de custos operacionais, especialmente ligados a tarifas, combustível e câmbio. Mesmo assim, a Latam reafirmou seu guidance de crescimento, mantendo projeções de expansão de capacidade.
Monitoramento contínuo do cenário internacional
Embora os sinais de desaceleração tenham sido mais perceptíveis no mercado doméstico norte-americano, a Latam mantém o alerta ligado sobre possíveis reflexos na América do Sul. “Seguimos de olho em qualquer alteração na demanda, especialmente no tráfego internacional, mas até agora não há motivos para revermos nossas expectativas”, reforçou Bottas.
A companhia inclusive atualizou suas premissas para o ano, considerando uma taxa de câmbio média de R$ 5,90 e um preço do combustível de aviação (QAV) em US$ 90 por barril, ambos ligeiramente acima dos valores atuais de mercado, já com o objetivo de se preparar para maiores surpresas.
A Latam também anunciou que deverá receber 26 novas aeronaves ao longo de 2025, reforçando sua malha e capacidade. O plano de investimentos da Latam para o ano é de US$ 1,4 bilhão, voltado tanto para crescimento quanto para manutenção da operação.