Pedro Menezes   |   29/05/2025 19:51
Atualizada em 29/05/2025 19:52

Azul tem negociação de recibos de ações nos EUA suspensa após pedido de recuperação

Medida não altera os voos da companhia, nem os direitos dos passageiros ou a continuidade das atividades

Guilherme Mion
A empresa declarou que não pretende recorrer da decisão
A empresa declarou que não pretende recorrer da decisão

A Azul Linhas Aéreas comunica ao mercado que a Bolsa de Valores de Nova York decidiu suspender a negociação dos American Depositary Receipts (ADRs) da companhia. A medida ocorre um dia após a empresa protocolar um pedido de reestruturação financeira nos Estados Unidos, com base no Chapter 11.

A suspensão dos papéis foi acompanhada da solicitação de cancelamento da listagem dos ADRs junto à Securities and Exchange Commission (SEC), o que, segundo a Azul, é um procedimento padrão conforme a Seção 802.01D do manual da NYSE. A medida não altera em nada a operação da companhia.

A empresa declarou ainda que não pretende recorrer da decisão, por não considerar que a retirada dos papéis da bolsa americana trará impactos significativos às suas operações ou aos negócios em geral. “O cancelamento do Programa de ADS não afeta nossa listagem na B3 – Bolsa, Brasil, Balcão, onde nossas ações continuarão a ser negociadas normalmente”, reforçou a Azul

Os ADSs (American Depositary Shares) são certificados que representam ações de empresas estrangeiras e permitem que essas companhias sejam negociadas em bolsas dos Estados Unidos, como a Bolsa de Nova York. Na prática, cada ADS funciona como um "espelho" de uma ação original emitida no país de origem (neste caso, no Brasil), facilitando o acesso de investidores americanos a empresas que não são sediadas nos EUA. Em outras palavras, os ADSs são como versões "americanas" das ações da Azul, criadas para serem negociadas por lá.

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