Pedro Menezes   |   11/07/2025 10:15
Atualizada em 11/07/2025 10:17

CEO da Latam diz que setor vai "acelerar em marcha ré" sem mudanças na reforma tributária

Jerome Cadier afirma que as companhias repassam o imposto pago, o que vai encarecer as passagens aéreas

PANROTAS / Emerson Souza
Jerome Cadier
Jerome Cadier

Não é nenhuma novidade que a nova reforma tributária trará mudanças significativas para o setor de aviação, com um período de transição que se estende até 2033. A substituição de tributos como PIS, COFINS, ISS e ICMS por CBS e IBS terá um impacto direto nos custos operacionais das companhias aéreas.

Os impactos reais da reforma tributária na aviação já viraram inclusive uma matéria especial aqui mesmo no Portal PANROTAS. Do jeito que está, o texto da reforma tributária pode fazer com que as passagens aéreas fiquem de 15% a 20% mais caras, incluindo um imposto inédito para voos internacionais (de 0% para 13%).

O que também não é nenhuma novidade é a manifestação do CEO da Latam, Jerome Cadier. Novamente em suas redes sociais, em tempos de alta do IOF, Jerome voltou a discutir os impactos dos impostos na aviação.

"Ano passado tivemos um enorme avanço para o país com a aprovação da reforma tributária. O Brasil precisa dela e a situação atual era insustentável. Dito isto, temos que entender que se ela é bem-vinda no todo, foram introduzidas distorções setoriais gigantes. Algumas das decisões tomadas terão enorme impacto na aviação pois estamos indo na contramão do mundo inteiro, literalmente", disse Jerome.

"Sem entrar nos detalhes que certamente me farão perder a sua atenção, quero me concentrar na mensagem principal: apesar do que foi dito, para o setor a reforma traz um aumento brutal de impostos! E quando digo 'setor' parece que quem vai pagar o imposto são as cias aéreas. Mas não são as cias. Elas meramente repassam o imposto pago pelos passageiros. Sim, voar ficará cerca de 25% mais caro! Se não ajustarem isto, vamos acelerar em marcha ré"

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

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