Beatrice Teizen   |   11/08/2025 12:51
Atualizada em 11/08/2025 13:18

CEO da Latam Brasil vê insegurança regulatória como entrave ao crescimento

Para Jerome Cadier, PL das milhas terá enorme impacto em uma das maiores alavancas de valor para as aéreas

PANROTAS / Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, foi um dos nomes presentes no Travel Connect 2025, que acontece nesta segunda-feira (11), no Grand Hyatt, em São Paulo. Perguntado sobre quais ele acredita serem os caminhos para fortalecer o setor e o ambiente de negócio da aviação, o executivo apontou a questão regulatória do País.

“Tenho falado muito sobre isso. Há um projeto de lei que busca regulamentar os programas de milhas das companhias aéreas. É uma mega discussão sobre este PL, que pode ser incrível ou pode ser uma loucura, ainda não se sabe. Mas terá um enorme impacto em uma das maiores alavancas de valor para as aéreas. Por isso, essa incerteza regulatória é bastante nociva"

Jerome Cadier, CEO da Latam

Segundo Cadier, esse cenário regulatório incerto faz com que haja menos novos entrantes, menos novas companhias aéreas no Brasil, “porque todo mundo fica ressabiado, com o pé atrás, olhando o que está acontecendo e ainda sem saber onde isso vai acabar”.

PANROTAS / Emerson Souza
Eduardo Vasconcellos, da VOLL, e Jerome Cadier, da Latam Brasil
Eduardo Vasconcellos, da VOLL, e Jerome Cadier, da Latam Brasil

Passageiros indisciplinados

Outro ponto de discussão foi a questão de passageiros indisciplinados. O CEO da Latam Brasil disse que este é um grande problema que as empresas aéreas enfrentam e que acontece com frequência em voos.

“São viajantes que partem para cima dos tripulantes, mordem… E não está claro o que a aérea pode fazer ou não com este passageiro. É possível barrar um torcedor de entrar no estádio, por exemplo, mas o mesmo não pode ser feito com um passageiro que agrediu um tripulante. Este é o tipo de insegurança regulatória que temos no Brasil. É importante falar disso, pois não é o foco do Congresso”, afirma.

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