Pedro Menezes   |   05/09/2025 09:05
Atualizada em 05/09/2025 09:10

Governo federal defende cabotagem para reduzir preço das passagens aéreas

Cabotagem permite aéreas estrangeiras operarem trechos domésticos em continuidade a voos internacionais


Jonilton Lima/MPor
Reunião para debater a ampliação de voos, aumento da concorrência e redução dos preços das passagens
Reunião para debater a ampliação de voos, aumento da concorrência e redução dos preços das passagens

O governo federal, através do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), deseja ter a cabotagem aérea (quando companhias estrangeiras operam trechos domésticos em continuidade a voos internacionais) como alternativa para ampliar a concorrência e reduzir os preços das passagens, especialmente na Amazônia Legal, onde há menos conectividade entre cidades.

A proposta foi discutida pelo ministro Silvio Costa Filho em reunião com a bancada de parlamentares do Norte como medida para aumentar a oferta de voos para os estados da região.

Costa Filho lembrou que, ao contrário de países como Estados Unidos, Alemanha, França e Portugal, que destinaram bilhões de dólares às companhias aéreas durante a pandemia, o Brasil não aportou recursos diretos ao setor. Para enfrentar os desafios atuais, anunciou a criação de uma linha de crédito para as empresas aéreas, via Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), para compra de aeronaves e motores.

“Na pandemia, outros países colocaram bilhões para salvar suas companhias aéreas. Aqui, nada foi feito. Agora estamos criando uma linha de crédito e defendendo a cabotagem para que o setor tenha condições de crescer e, principalmente, para que o povo do Norte tenha acesso a passagens mais baratas e maior oferta de voos”

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos

Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, a regulamentação exigirá mudanças legais e normativas específicas. “A abertura na Amazônia Legal pode atrair oferta e reduzir preços onde o mercado é mais frágil, desde que venha acompanhada de regras claras de segurança, custos operacionais viáveis e estabilidade regulatória. Para o restante do País, reciprocidade é condição para uma abertura responsável”, destacou.

A deputada Cristiane Lopes, por sua vez, já informou que protocolou requerimento de urgência para votação até o fim de outubro. “Esse é um projeto de lei do Norte, mas também do Brasil. A população não pode mais esperar diante de tarifas tão altas e da diminuição constante da malha aérea”, afirmou.

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Pedro Menezes

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.

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