Latam deve inaugurar 35 destinos a partir de 2026 com nova frota de Embraer
Aposta em aeronaves de menor capacidade representa um movimento competitivo direto contra a Azul

A Latam deve inaugurar 35 novos destinos a partir do segundo semestre de 2026, quando começa a receber os primeiros jatos encomendados à Embraer. O acordo firmado com a fabricante brasileira prevê a compra de até 74 aeronaves narrowbody, sendo 24 pedidos firmes e 50 opções de compra, como vimos no Portal PANROTAS.
Segundo o CEO do grupo, Roberto Alvo, em entrevista à Bloomberg News, a estratégia é expandir a malha aérea em cidades de médio e pequeno porte da região, hoje com baixa conectividade. “Grande parte da população da América Latina ainda permanece isolada do ponto de vista aeronáutico. Como são cidades menores, com fluxos reduzidos, precisamos de aviões menores para atendê-las”, afirmou.

A aposta em aeronaves de menor capacidade representa um movimento competitivo direto contra a Azul Linhas Aéreas, que hoje domina rotas regionais no Brasil após o fim da Voepass. No Brasil, por exemplo, a definição das primeiras rotas operadas pelos novos aviões deve ser anunciada nos próximos meses
Já em outros mercados, a expansão avança de forma mais gradual. Na Argentina, no entanto, a Latam descarta, por ora, retomar voos domésticos, focando apenas em rotas internacionais. Além disso, o novo aeroporto de Lima, no Peru, deve ampliar a conectividade internacional da companhia quando for concluído.
O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, por sua vez, lembrou que este é um investimento de US$ 2,1 bilhões para que o modelo E195-E2 comece a integrar a nossa frota já no segundo semestre do ano que vem, com o pedido firme de 24 aeronaves.

"Isso vai nos dar a possibilidade de abrir até 35 novos destinos na América do Sul, a maioria no Brasil, expandindo ainda mais a nossa malha aérea e aumentando a conectividade. Com 136 assentos, o E195-E2 é ideal para rotas médias e complementa muito bem a nossa frota, que vai se tornar mais versátil ao atender diferentes mercados com a capacidade correta. Esse movimento vai gerar ainda mais eficiência e otimizar a nossa operação"
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil