Espiral positiva da Latam conta com força do trade, Embraer e melhoria em produtos
Aline Mafra revela destino mais vendido na Black Friday, perspectiva com aeronaves Embraer e mais; confira
Uma "espiral positiva". Os bons resultados financeiros são convertidos em investimentos diretos no produto, fortalecendo a experiência do cliente e a parceria com o canal indireto, que hoje representa 50% de seu share. É assim que a Latam Airlines Brasil encerra 2025.
Durante o evento Momento Latam Trade, evento que premiou os campeões de venda da companhia aérea, a diretora de Vendas e Marketing Aline Mafra comemorou o ano que se encerra e detalhou os próximos passos da empresa, que incluem a chegada dos aviões da Embraer, a aposta em novas rotas internacionais e a consolidação de produtos como a Premium Economy e o wi-fi a bordo.
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Conectando o Brasil com os jatos Embraer
A grande expectativa para o próximo ano é a incorporação das aeronaves da Embraer à frota. Segundo Aline Mafra, o primeiro voo com o equipamento brasileiro está previsto para decolar em outubro de 2026, com as entregas ocorrendo a partir do último trimestre. O projeto, descrito como "inédito" pela velocidade recorde de implementação (apenas um ano), é peça-chave para a expansão da malha da Latam.
"Existe outra estratégia muito importante que cabe o Embraer, que é a ligação de cidades grandes e não hubs. Quero encontrar essa demanda local para ver se faz sentido com esse tipo de avião. A meta é utilizar os jatos para conectar mercados de alta demanda que hoje dependem de conexões em Guarulhos (SP) ou Brasília, como um voo direto entre Porto Alegre e Belo Horizonte, por exemplo"
Aline Mafra, diretora comercial da Latam
Com essa estratégia, a Latam deve saltar dos atuais 56 para 63 aeroportos atendidos no Brasil até 2026.
Amsterdã nem decolou e já é sucesso, diz diretora
Entre as novidades na malha internacional, o recém-anunciado voo para Amsterdã, que começa no final de março de 2025, já se provou um acerto. "Amsterdã foi o destino mais vendido na nossa Black Friday", revelou Aline. A estratégia para a capital holandesa foi entrar em um mercado já consolidado com um produto competitivo, aproveitando a preferência do brasileiro por voar em uma companhia que fala sua língua.
Já Bruxelas, com início em junho, é uma aposta na construção de um novo mercado, com foco na demanda étnica e corporativa, onde a Latam operará sem concorrência direta.
Investimento em produto é prioridade
Aline Mafra destacou que os bons resultados permitem investimentos de longo prazo que são considerados game changers para a experiência do passageiro.
- Wi-Fi e cabine premium: a implementação de wi-fi nos aviões widebody e a criação de uma cabine intermediária em voos longos são projetos de dois anos que buscam atender a um público disposto a pagar mais por conforto, diminuindo o grande salto de preço entre a econômica e a executiva.
- Premium Economy (doméstico): O produto, que oferece mais espaço e reclínio, veio para ficar e se destaca pela flexibilidade. A quantidade de fileiras pode ser ajustada dinamicamente (de duas a cinco) conforme a demanda da rota e do horário, otimizando a oferta. "Rotas mais longas tendem a ter uma penetração maior", comentou.
"Parceria de verdade"
Aline Mafra reforçou a importância estratégica do canal indireto, responsável por metade do faturamento da companhia. Ela afirmou que a Latam não desinvestiu em sua equipe de atendimento e nem na remuneração das agências no pós-pandemia. Um dos focos tem sido a melhoria do suporte, com o time de atendimento visitando as agências para ouvir suas dores e priorizar soluções, o que resultou em uma performance de atendimento com mais de 90% de satisfação.
