Rodrigo Vieira   |   14/04/2021 17:56   |   Atualizada em 14/04/2021 17:57

Olho na vacinação: Gol prevê reativação na demanda em maio/junho

Programa de Imunização Nacional é o principal indicador da companhia aérea para ajuste de oferta


Divulgação
Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas Aéreas
Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas Aéreas

Vacinação é a espinha dorsal da retomada do Turismo brasileiro. Apenas uma campanha de imunização eficiente do governo federal é capaz de fazer o brasileiro voltar a viajar em níveis satisfatórios para as companhias aéreas nacionais. A Gol Linhas Aéreas, por exemplo, diz estar acompanhando de perto o andamento do Programa de Imunização do Ministério da Saúde como principal indicador para ajustar sua oferta. A companhia aérea aponta que é capaz de se adaptar imediatamente a uma alta na demanda provocada por um possível alívio na situação pandêmica.

Atualmente, o Ministério da Saúde tem contratado cerca de 500 milhões de doses de vacinas para a covid-19 e possui outras 140 milhões em negociação. Esses índices, de acordo com os cálculos publicados pela Gol, são o suficiente para a imunização dos grupos prioritários e acima de 60 anos, enquanto o restante da população deve receber a vacina no segundo semestre de 2021.

Assim sendo, a Gol prevê que o avanço bem-sucedido das vacinas por meio do Programa Nacional de Imunizações reativará a demanda nos segmentos de lazer e corporativo a partir de meados do segundo trimestre de 2021. "Durante os primeiros dez dias de abril, já houve uma redução no número de hospitalizações para pessoas de 70 anos ou mais, que atualmente são elegíveis para serem vacinadas", comunica a Gol a seus investidores.

No entanto, tendo em vista os altos patamares de casos da doença no País, a empresa aérea continua considerando cenários de recuperação mais conservadores e, desta maneira, mantém iniciativas de redução de custos para preservar seu caixa. Desta maneira, a Gol prevê liquidez suficiente para administrar e financiar capital de fito, despesas e serviço da dívida nos próximos meses. A companha encerrou março com aproximadamente R$ 1,9 bilhão em liquidez total.

"Desde o início da pandemia, nota-se uma alta correlação entre a redução na curva de casos de covid-19 e a recuperação na demanda doméstica por viagens. A Gol testemunhou essas oscilações na demanda durante agosto e setembro do ano passado e rapidamente ajustou sua malha de acordo com o cenário de demanda durante aquele período. Os países europeus e os Estados Unidos também têm um calendário de vacinação mais adiantado em relação ao do Brasil, o que é um indicador de como poderá ser a retomada da demanda por viagens", avalia a Gol, em comunicado a seus investidores.

"Nos Estados Unidos, em apenas dois meses do pico de baixa, o fluxo de passageiros se recuperou para mais de 60% do patamar de 2019. Da mesma maneira, na semana passada, o Brasil atingiu seu pico de casos em sua 'segunda onda', o tráfego de passageiros atingiu um mínimo de cerca de 35% em relação a igual período em 2019. Dessa forma, a companhia espera que à medida que a curva diária de novos casos da covid-19 comece a se inverter e com uma recuperação do PIB brasileiro, haverá aceleração nas buscas de passagens aéreas e no patamar de vendas da Gol", conclui a aérea presidida por Paulo Kakinoff.

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