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Victor Fernandes   |   17/03/2022 14:48   |   Atualizada em 18/03/2022 12:25

Instituto de Petróleo (IBP) avisa sobre alta do QAV devido à guerra

Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás debateu cenário atual do QAV em reunião da CNT

Divulgação
Ana Helena Mandelli, gerente de distribuição de combustíveis do IBP
Ana Helena Mandelli, gerente de distribuição de combustíveis do IBP
O cenário atual do querosene de aviação (QAV) foi um dos temas centrais de reunião ordinária da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) nesta quarta-feira (16), com participação de Ana Helena Mandelli, gerente de distribuição de combustíveis do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), além do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, e Jurema Monteiro, diretora de Relações Institucionais da associação.

A executiva do IBP fez um balanço sobre os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia para o valor do barril de petróleo e possíveis medidas para conter os custos das empresas. “O preço dos combustíveis não é um tema recente e agora ganhou novamente protagonismo. Já estávamos com muita volatilidade no preço do petróleo, gerado pela pandemia, quando houve desbalanço entre oferta e demanda, a partir de março de 2020. Vínhamos acompanhando a recuperação dos mercados no final do ano passado, no caso da aviação até mais rápido que o previsto, e a guerra, que traz outro período de instabilidade impactando nos preços”, disse a gerente do IBP.

CUSTO BRASIL

Ana Helena ressaltou que a crise do petróleo vem acompanhada pelo câmbio alto e pela instabilidade econômica. “Isso impacta o mercado local porque não somos autossuficientes em derivados de petróleo. Não temos capacidade de refiná-lo e ofertá-lo internamente. O Custo Brasil permeia nossas cadeias e praticamente todos os produtos, incluindo o ICMS que é um dos mais caros do mundo, somado à complexidade na arrecadação, que gera tributos altos e necessidade de grandes times para calcular esses valores”.

O IBP entende que, assim como em outros países, os subsídios públicos devem ser focados em medidas amplas para setores ou populações vulneráveis, servindo para minimizar os impactos da crise.

Também participaram da reunião da CNT representantes da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo (ABESATA), Sindicato Nacional das Empresas de Taxi Aéreo (SNETA), Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e Associação Brasileira da Aviação Geral (ABAG).

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