Victor Fernandes   |   01/12/2022 16:31
Atualizada em 01/12/2022 16:39

Demanda e reservas antecipadas mantém recuperação da aviação

O tráfego total aumentou 44,6% em outubro de 2022 em relação a outubro de 2021

Divulgação
Willie Walsh, diretor geral da Iata
Willie Walsh, diretor geral da Iata
A Iata anunciou que a recuperação das viagens aéreas continuou em outubro. O tráfego total (medido em passageiro pagante por quilômetro, ou RPKs) aumentou 44,6% em outubro de 2022 em relação a outubro de 2021. Globalmente, o tráfego atingiu 74,2% dos níveis pré-crise (outubro de 2019).

O tráfego doméstico caiu 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, pois as rigorosas restrições de viagens relacionadas à covid na China diminuíram os números globais. O tráfego doméstico total de outubro de 2022 ficou em 77,9% do nível registrado em outubro de 2019. As reservas antecipadas de voos domésticos permanecem em cerca de 70% do nível pré-pandemia.

O tráfego internacional aumentou 102,4% em relação a outubro de 2021. Os RPKs internacionais de outubro de 2022 atingiram 72,1% dos níveis de outubro de 2019. Todos os mercados relataram forte crescimento, liderados pela região Ásia-Pacífico. As reservas antecipadas para viagens internacionais aumentaram e atingiram cerca de 75% dos níveis pré-pandemia após a reabertura anunciada por várias economias da Ásia.

“Tradicionalmente, em outubro, a temporada de viagens de outono é mais tranquila no Hemisfério Norte, por isso é muito bom ver que a demanda e as reservas antecipadas continuam fortes. É um bom sinal para a temporada de inverno que se aproxima e para manter a recuperação do setor”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.

MERCADOS INTERNACIONAIS

  • As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram aumento de 440,4% no tráfego de outubro de 2022 em relação a outubro de 2021, a maior taxa de aumento ano a ano entre todas as regiões, mas é necessário levar em conta a base muito baixa de 2021. A capacidade aumentou 165,6% e a taxa de ocupação subiu 39,5 pontos percentuais, atingindo 77,7%.
  • As companhias aéreas da Europa apresentaram aumento de 60,8% no tráfego de outubro de 2022 versus outubro de 2021. A capacidade aumentou 34,7% e a taxa de ocupação subiu 13,8 pontos percentuais, atingindo 84,8%, a segunda maior entre as regiões.
  • As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram crescimento de 114,7% no tráfego em outubro de 2022 em relação a outubro de 2021. A capacidade aumentou 55,7% em relação ao mesmo período do ano passado e a taxa de ocupação subiu 21,8 pontos percentuais, atingindo 79,5%.
  • As companhias aéreas da América do Norte registraram aumento de 106,8% no tráfego em outubro de 2022 versus outubro de 2021. A capacidade aumentou 54,1% e a taxa de ocupação subiu 21,4 pontos percentuais, atingindo 83,8%.
  • As companhias aéreas da América Latina apresentaram aumento de 85,3% em relação ao mesmo mês de 2021. A capacidade aumentou 66,6% e a taxa de ocupação subiu 8,7 pontos percentuais, atingindo 86,0%, a maior entre as regiões.
  • As companhias aéreas da África registraram aumento de 84,5% no tráfego de outubro em relação ao mesmo mês do ano passado. A capacidade aumentou 46,9% e a taxa de ocupação subiu 14,5 pontos percentuais, atingindo 71,3%, a menor entre as regiões.

MERCADOS DOMÉSTICOS
  • O tráfego doméstico da Austrália quase triplicou em outubro de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado (+292,9%); o tráfego agora está 15,8% abaixo dos níveis pré-pandemia.
  • O tráfego doméstico da China caiu 58,7% em outubro e agora está 69,4% abaixo dos níveis de outubro de 2019.

CONCLUSÃO

“As pessoas estão desfrutando da liberdade de viajar e as empresas reconheceram a importância do transporte aéreo para o seu sucesso. Uma pesquisa realizada recentemente com líderes de empresas europeias que mantêm negócios internacionais mostrou que 84% deles não podem imaginar seus negócios internacionais sem o acesso ao transporte aéreo e 89% relataram que a proximidade de um aeroporto com conexões globais representa uma vantagem competitiva. Os governos precisam considerar que as viagens aéreas são fundamentais para a forma como vivemos e trabalhamos. Essa realidade deve servir de base para a criação de políticas que permitam que a aviação opere da forma mais eficiente possível, além de apoiarem a meta de zero emissão líquida do setor até 2050, com incentivos significativos para a produção de combustíveis sustentáveis da aviação”, disse Walsh.

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