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Victor Fernandes   |   02/03/2023 10:22   |   Atualizada em 02/03/2023 11:11

Abear aprova redução de 13,8% no preço do QAV pela Petrobras

A associação considera urgente medidas estruturantes relacionadas ao custo do combustível

PANROTAS / Filip Calixto
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) considera positiva a redução de 13,8% no preço do querosene de aviação (QAV) divulgada ontem (1) pela Petrobras, mas alerta que, mesmo considerando o anúncio de ontem, o aumento acumulado do insumo desde o início de 2022 ainda é de 36%.

Diante do cenário desafiador vivido pela aviação nos últimos anos, com um aumento de 124% no preço do combustível desde 2019 e o acumulado de R$ 46 bilhões de prejuízo líquido das empresas, a associação considera urgente medidas estruturantes relacionadas ao custo do combustível e à transparência em sua precificação.

A Abear tem representado o setor aéreo em diversas reuniões com autoridades para alertar sobre os impactos do custo do QAV no equilíbrio econômico-financeiro das aéreas, e valoriza a atuação do governo federal e da Petrobras na agenda de redução de custos. No entanto, é fundamental que medidas de longo prazo sejam aprovadas, como a Medida Provisória 1.147, que zera a alíquota do PIS/COFINS sobre as receitas do transporte aéreo por quatro anos.

“Temos mantido contato permanente com os ministérios da Fazenda, de Portos e Aeroportos, de Minas e Energia e do Turismo desde os primeiros dias do novo governo para encontrar soluções e estimular a criação de políticas públicas que fortaleçam o setor aéreo. O governo tem se mostrado sensível ao tema e acreditamos que a discussão seguirá avançando”, afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

A entidade ainda ressaltou que o combustível responde por cerca de 40% dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada.

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