Beatriz Contelli   |   06/11/2025 14:34

Aeroportos com biometria podem economizar até US$ 80 milhões em despesas, aponta Iata

Tecnologia ainda contribuiria com a satisfação dos passageiros, tornando as viagens mais simplificadas


Adobe Stock

A Iata divulgou um estudo que demonstra que é possível obter economias substanciais de custos, eficiência operacional, melhoria na experiência do passageiro e ganhos em sustentabilidade com o uso da tecnologia de identificação digital biométrica para gerenciar a divisão de passageiros de voos internacionais e domésticos em aeroportos onde atualmente são separados por barreiras físicas.

O estudo quantificou os seguintes benefícios da divisão de passageiros em embarque com identificação digital biométrica:

  • Melhoria da experiência do passageiro: a remoção de barreiras físicas entre os fluxos de embarque doméstico e internacional aumentará a satisfação dos passageiros, com viagens simplificadas e tempos de processamento mais curtos. Os tempos mínimos de conexão, por exemplo, poderiam ser reduzidos em quase 20% com os ganhos de eficiência;
  • Redução de custos: instalações compartilhadas eliminam a duplicação de infraestrutura, serviços públicos e pessoal, reduzindo os custos de manutenção, operação e construção para aeroportos, companhias aéreas e empresas de serviços de solo. Estudos de caso em um grande aeroporto internacional identificaram uma redução de até 11% nos custos com pessoal, enquanto uma empresa de serviços de solo estimou uma economia anual de US$ 5,3 milhões em outro aeroporto importante;
  • Utilização mais eficiente da infraestrutura aeroportuária: permitir que os fluxos de passageiros em partida utilizem o mesmo espaço físico possibilita que os aeroportos atendam mais passageiros dentro das áreas existentes dos terminais, otimizando o uso do espaço e dos serviços oferecidos;
  • Benefícios de sustentabilidade: a consolidação reduz o consumo de energia e as emissões relacionadas à construção;
  • Flexibilidade operacional: as instalações compartilhadas permitem que aeroportos, companhias aéreas e empresas de serviços de solo gerenciem melhor as flutuações no volume de passageiros e aloquem recursos onde forem necessários. Isso é particularmente importante, visto que as partidas internacionais e domésticas costumam ocorrer em horários diferentes do dia.


"Um aeroporto de médio porte que atende 10 milhões de passageiros anualmente poderia economizar até US$ 80 milhões em despesas de capital futuras e obter economias operacionais anuais consideráveis com a eliminação de instalações duplicadas e maior flexibilidade operacional, além de reduzir sua pegada de carbono anual em 18 mil toneladas – o equivalente a retirar 4 mil carros das ruas por um ano. A necessidade de mudança é evidente. Gerenciar passageiros em embarque com identificação digital em vez de barreiras físicas proporciona eficiência, redução de emissões e uma experiência mais tranquila para os viajantes", afirmou o vice-presidente sênior de Operações, Segurança e Proteção da Iata, Nick Careen.

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Sobre o autor

Jornalista formada pela Anhembi Morumbi com pós-graduação em Política e Relações Internacionais pela FAAP. Entrou na PANROTAS em 2019, com foco especialmente em Branded Content, e, desde 2024, atua como repórter da redação.