Relatório da Phocuswright sobre o impacto da covid-19 na hotelaria de Nova York mostra um grande descompasso entre as projeções de 1 de março, quando o primeiro caso foi registrado na cidade, e em 29 do mesmo mês, quando já havia 33 mil infectados pelo novo coronavírus.

Na primeira projeção, em junho a ocupação hoteleira, depois de pequenas quedas, estaria em 89% e o RevPar teria caído 3%. Na segunda estimativa, a ocupação deve ficar em menos de 40% (38,6%), depois de atingir 11% e 12% em abril e maio, respectivamente. E o RevPar, depois de ter caído 69% em março, e mais de 90% em abril e maio, cairá 64% em junho, na comparação com o ano passado.

Em março a ocupação caiu 62% na cidade, a diária média 20% e o RevPar 70%. A recomendação de não sair de casa em Nova York veio apenas no dia 20 de março, 20 dias depois do primeiro caso, com o estado de emergência sendo declarado no dia 7.

Ainda há incerteza em relação ao prazo de reabertura, mesmo que parcial, dos hotéis, mas pelo menos os novos desenvolvimentos foram paralizados, o que pode ajudar na retomada, para que não haja mais oferta em um mercado em recuperação lenta.