Artur Luiz Andrade   |   13/04/2020 14:31
Atualizada em 15/04/2020 12:29

Operadoras americanas reembolsaram US$ 1 bilhão aos clientes

Operadoras americanas reembolsaram US$ 1 bilhão aos clientes por viagens canceladas pós-crise


Bicad Media/ Unsplash
Estátua da Liberdade, Nova York
Estátua da Liberdade, Nova York
A National Tour Association (NTA), associação de operadores de viagens e tours nos Estados Unidos, divulgou pesquisa sobre o impacto da crise causada pela covid-19 nos negócios, incluindo demissões, reembolsos (que chegam a US$ 1 bilhão) e perspectivas para 2020.

“Em fevereiro, estávamos prevendo um ano de recorde de ganhos, com 95% esperado entre março e outubro”, disse o presidente da Ed-Ventures, empresa do Minnesota, Paul Larsen. “Agora minha meta é chegar até o final do ano”, resumiu.

DEMISSÕES
Segundo a pesquisa, 43% dos associados demitiram ou deram licença não remunerada aos empregados, e 31% reduziram as horas de trabalho dos funcionários. Um alto índice de 70% dos fornecedores de tours licenciou ou demitiu colaboradores, enquanto que entre as DMOs, 59% não fizeram redução de empregados ou horas de trabalho.

Todas as operadoras, DMOs e fornecedores que responderam à pesquisa tiveram de lidar com cancelamentos. As operadoras disseram que a maioria dos cancelamentos foi para o período entre março e maio, mas elas estão vendo cancelamentos até para 2021.

Dos operadores que tiveram de cancelar viagens, 79% reembolsaram os clientes e receberam reembolsos de pontos de vendas. Quase metade (47%), porém, reembolsaram os clientes antes de receber dos pontos de vendas.

Os operadores associados à NTA cancelaram mais de 59 mil viagens, afetando cerca de 1,8 milhão de viajantes e tendo reembolsado quase US$ 1 bilhão aos clientes (mais de R$ 5 bilhões).

ABERTOS PARA NEGÓCIOS
A maioria das DMOs ainda estão abertas, com funcionários em home-office. Pelo menos metade dos fornecedores de tours estão fechados, com os demais trabalhando em horários reduzidos ou com empregados em home-office.

Mais de 50% dos operadores (54%) adiou as viagens para o segundo semestre de 2020 e ofereceu créditos aos viajantes. Quase a mesma quantidade teve adiamentos de viagens para 2021 (51%).

A grande maioria das DMOs (93%) reduziu ou congelou seus orçamentos, assim como os operadores (88%) e os fornecedores (74%).

Quanto à ajuda do governo americano, 80% dos operadores pesquisados irão utilizar os recursos disponíveis. E se metade das DMOs também quer acesso aos fundos, elas ainda não estão elegíveis para tal. As operadoras reclamam, porém, que o acesso aos fundos governamentais não tem sido fácil.

Laurie Lincoln, presidente e CEO da Main Street Experiences, de Lakewood, Califórnia, disse que teve que fazer várias ligações e visitas ao banco, para conseguir uma reunião para se candidatar ao Programa de Proteção de Salários. Mesmo assim, ela não ficou segura com o processo no banco.

A pesquisa da NTA teve 253 respostas, incluindo 112 operadoras.

Mais detalhes: NTAonline.com/covid-19-central.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.