Da Redação   |   02/01/2024 17:10
Atualizada em 03/01/2024 15:58

Réveillon: segurança funciona no Rio, mas hotéis não batem meta de ocupação

Meta de 95% não foi alcançada, mas hotelaria comemora os 87% obtidos

PedroKirilos/HoteisRio

O Réveillon da hotelaria carioca foi de casa cheia, mas abaixo da expectativa: os hotéis registraram 87,13% de média de ocupação na noite do dia 31 de dezembro de 2023 para o dia 1º de janeiro de 2024. O número foi apurado pelo Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO), que havia, no entanto, previsto 95% de ocupação na noite mais esperada do ano pela hotelaria carioca.

As regiões mais procuradas pelos turistas foram Ipanema/Leblon (95%), que tem poucos hotéis, Barra da Tijuca/Recreio/Jacarepaguá (89%) e Leme/Copacabana (88%), palco principal da festa, seguidas de Flamengo/Botafogo (84%) e Centro (79%).

Para o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, a união de autoridades do Poder Público com o setor privado é o segredo do sucesso da festa carioca. “Segurança e organização são componentes essenciais para conseguir atrair turistas e realizar uma festa espetacular, à altura das expectativas de cariocas e visitantes”.

Realmente a segurança na noite do dia 31 foi impecável na Zona Sul carioca. Ruas de acesso a Copacabana com barreiras policiais e revistas. Grande número de policiais militares, guardas municipais, salva-vidas, bombeiros e demais integrantes da força de segurança, espalhados pela orla. Proibição de entrada em Copacabana com garrafas de vidro. Acesso de metrô organizado por horário e com grades e roletas para facilitar o fluxo. Ruas interditadas para a polícia, como parte da Figueiredo Magalhães, onde funciona um dos Batalhões da PM do Rio.

Quem passou a virada em Copacabana se sentiu bastante seguro, mas teve a percepção de menos gente que em anos anteriores.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

Alguns hoteleiros ouvidos pela PANROTAS também elogiaram a segurança, coordenada pelo governo do Estado, mas dizem que os reflexos dos problemas de segurança nos meses ou semanas anteriores acabaram atrapalhando a meta de ocupação de 95%. “Tem que continuar assim, não apenas no Réveillon. O verão é a principal temporada para o lazer na cidade e o Rio precisa mostrar novamente que sabe fazer eventos seguros e grandiosos”, analisa o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, que passou a virada em Copacabana.

Segundo os hoteleiros, o show de Alok em agosto em Copacabana, os arrastões nas ruas do bairro, incluindo o espancamento de um idoso, o assassinato de um fã de Taylor Swift na praia, o caso dos médicos confundidos com milicianos na Barra da Tijuca, e vídeos de assaltos por gangues assustaram alguns turistas. E essa recuperação de imagem demora.

Depois da segurança reforçada e exitosa do Réveillon 2024, e se houver compromisso do Estado de que essa estratégia continuará, o Rio tem tudo para chegar aos 100% de ocupação. E ter um ano bom para eventos, para o corporativo e todos os nichos.

A cidade esteve repleta de turistas estrangeiros, especialmente argentinos e europeus, além dos visitantes domésticos de São Paulo, Minas Gerais e outros Estados.

O ano começou bem na Cidade Maravilhosa. Mas pode melhorar.



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