Renato Machado   |   03/03/2020 09:01   |   Atualizada em 03/03/2020 20:25

Antártica a bordo da Ponant; acompanhe nossa nova série - parte 1

Ao longo dos próximos dias, relato com detalhes a experiência - do planejamento às descobertas


Renato Machado
Le Soléal, embarcação da Ponant, tem capacidade para até 264 passageiros
Le Soléal, embarcação da Ponant, tem capacidade para até 264 passageiros
ANTÁRTICA — Enumere os seus cinco destinos dos sonhos. Vá lá, pense nas dez cidades que você gostaria de visitar nos próximos anos. Eu tenho a minha lista e, de tão fora da realidade, pisar os pés na Antártica nunca esteve neste rol. Não por falta de interesse, mas por ignorância, por não ter ideia de que era possível conhecer o continente de gelo sem ser cientista ou militar.

O convite da Qualitours, operadora especializada em cruzeiros marítimos e fluviais, e uma das grandes incentivadores do produto "expedições marítimas", surgiu e lá fui eu representar a PANROTAS em um cruzeiro expedicionário pela Antártica, a bordo do Le Soléal, da francesa Ponant. A viagem ocorreu na última semana e, ao longo dos próximos dias, relato aqui no Portal PANROTAS a experiência — do planejamento e expectativa ao aprendizado e descobertas. A empresa é representada pela Qualitours, que tem Ilya Hirsch, um dos grandes conhecedores do segmento de cruzeiros em nossa indústria, como um dos diretores.


PRÉ-GELO
O primeiro artigo nessa série começa como qualquer outra viagem, com projeção e com organização. Não tendo ideia do que esperar de um cruzeiro que une as palavras "luxo" e "expedicionário" na mesma descrição, fui pesquisar o que me aguardava. Vi que conforto e sofisticação dominariam a parte a bordo. Vi também que o ambiente ao qual eu rumava não seria apenas cenário, o navio navegaria para a Antártica para que eu a explorasse a fundo, in loco e com todos os meus sentidos.

Fazer a mala numa situação dessas é algo um tanto quanto desafiador. Eu precisaria ter equipamentos que suportassem frio extremo e fossem totalmente à prova d'água, ao mesmo tempo que deveria ter espaço para trajes cotidianos e roupas de gala. Optei pelo excesso, levei tudo o que tinha a meu dispor (e, mais pra frente, fui perceber que nem isso foi o suficiente).


Em voo charter saindo de Buenos Aires, providenciado pela Ponant, cheguei a Ushuaia, no extremo Sul da Argentina. A passagem pela cidade foi rápida dada a agenda a cumprir, já que o navio sairia nas primeiras horas daquela tarde. A logística padrão de cruzeiros de luxo foi seguida: entusiasmadas boas-vindas com champagne, malas diretamente na espaçosa cabine e preparação para a partida.


As primeiras 36 horas seriam de enclaustro. Para chegar à península antártica, há um bicho papão chamado Passagem de Drake. A rota mais curta entre o sul da América do Sul e as primeiras ilhas da Antártica também é o caminho da Corrente Circumpolar Antártica e de seu volume de água 600 vezes maior que o do rio Amazonas.


Mar agitado com grandes ondas em looping. Horas e horas de corredores chacoalhando e pernas igualmente vacilantes. Pior do que sentir mal estar com a situação é ouvir da tripulação que tínhamos dado sorte, que havíamos atravessado um Drake até que manso. O registro era de ondas de no máximo quatro metros, besteira. Ou seja, expedição também é aventura e sorte. E conhecimento e expertise do que vamos encontrar. O capitão do Le Soléal, o francês David Marionneau-Châtel, brincava com todos: "para visitar a Antártica temos que conquistar o convite." E era o que queríamos.


Está tão ansioso como eu? Bom, este foi o primeiro artigo sobre o cruzeiro expedicionário da Ponant rumo à Antártica. Fique ligado nos próximos dias no Portal PANROTAS para acompanhar a jornada completa a bordo do Le Soléal e viaje com a gente em uma expedição de luxo, aventura e experiências para toda a vida.


Veja mais fotos no álbum abaixo

O Portal PANROTAS viajou a convite da Qualitours e da Ponant

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