Artur Luiz Andrade   |   01/05/2019 17:24

Brasil volta a ser 1º mercado para Miami: 426 mil turistas

O Greater Miami Convention & Visitors Bureau (GMCVB) anunciou número recorde de turistas em 2018. Brasil volta a ser mercado número 1


Artur Luiz Andrade
Wynwood, Miami
Wynwood, Miami
O Greater Miami Convention & Visitors Bureau (GMCVB) anunciou número recorde de turistas em 2018: foram 16,5 milhões de visitantes que dormiram pelo menos uma noite no destino, um crescimento de 3,5%. Os turistas de um dia (day trippers) totalizaram 6,8 milhões e assim a cidade da Flórida alcançou 23,2 milhões de visitantes, um recorde em sua história.

Esses turistas representaram um impacto econômico de US$ 18 bilhões, liderados pelos estrangeiros, com 54% do total de gastos (e apenas 5,8 milhões em quantidade de turistas que passaram pelo menos uma noite em Miami). O Brasil voltou a ser o maior emissor de turistas para a cidade, com 462 mil, seguido de Colômbia e Argentina, segundo dados do Greater Miami CVB. O mercado brasileiro havia perdido o posto durante a crise, mas em 2018 voltou ao topo.

Brasil, Colômbia e Argentina responderam por 20% do total de pernoites em Miami e a América Latina por 45% do total (só a América do Sul respondeu por 35%, contra 31% da Europa). O mercado hoteleiro de Miami fechou 2018 com recorde de 15,6 milhões de pernoites vendidos, um dos 25 maiores mercados de hospitalidade dos Estados Unidos. Turismo e Hospitalidade empregaram mais de 142 mil pessoas em Miami e Região. Entre os visitantes internacionais, 68% ficaram em hotel e 10% alugaram casa ou apartamento. 52% já haviam estado no destino.

Brasileiros em Miami 2018: 462 mil (8% do total de visitantes)
Colombianos: 422 mil
Argentinos: 364 mil
Canadenses: 357 mil
Ingleses: 353 mil
Alemães: 314 mil
Venezuelanos: 229 mil
Mexicanos: 226 mil
Franceses: 216 mil
Equatorianos: 207 mil

DOMÉSTICOS

Os visitantes domésticos de fora da Flórida responderam por 38% do total de turistas que pernoitaram em Miami e por 34% dos gastos. Nova York, com 1,2 milhão de visitantes, foi o mercado americano que mais enviou turistas para Miami e Região no ano passado.

Os residentes da Flórida dirigiram até Miami em sua maioria (90%) e contribuíram com 4,5 milhões de visitantes que se hospedaram na cidade e US$ 2 bilhões em impacto econômico.

Sobre os day trippers, 1,9 milhão eram estrangeiros, provavelmente fazendo conexão em Miami, ou embarcando em um cruzeiro. Aliás, o mercado de cruzeiros também bateu recorde e o Porto de Miami registrou seis milhões de cruzeiristas (mais de um em cada dez visitantes e crescimento de 12,5% sobre 2017). Entre os estrangeiros, 7% realizaram cruzeiro partindo de Miami.

Renato Machado
O presidente e CEO do Greater Miami CVB, Bill Talbert
O presidente e CEO do Greater Miami CVB, Bill Talbert
“O mercado internacional continua sendo a prioridade de Miami, mas também vemos diversos turistas domésticos e visitantes de um dia escolhendo nosso destino como seu preferido”, disse o presidente e CEO do Greater Miami CVB, Bill Talbert.

AEROPORTO

Considerada capital mundial dos cruzeiros, Miami também celebrou o aumento da conectividade aérea, com novos voos para o Miami International Airport (MIA), incluindo Santa Marta, Colômbia, com a VivaAir Colombia; Brasília e Fortaleza, com a Gol, e oito novas rotas da American Airlines. O Aeroporto Internacional de Miami recebeu mais de 22 milhões de passageiros, 2% a mais em relação a 2017.

No aeroporto, 43% dos visitantes alugaram carro, 36% usaram Uber ou similares e 17% pegaram um táxi.

Divulgação
1 Hotel South Beach Miami
1 Hotel South Beach Miami
HOTELARIA

Miami e Região fecharam o ano com ocupação de 76,7% em seus hotéis, US$ 152,81 em Revpar e crescimento de 6,3% no geral. A região chegou a 57,4 mil quartos de hotel, aumento de 4,2% ano a ano. 51% dos estrangeiros ficaram hospedados em Miami Beach, 12% na região do aeroporto, mesmo índice de Downtown, e 11% em South Miami-Dade.

As regiões mais visitadas pelos estrangeiros foram Miami Beach (57%), Downtown (49%), South Dade (29%), Doral (29%), Wynwood (25%), Key Biscayne (23%), Aventura (21%) e Little Havana (20%).

ATRAÇÕES
As principais atrações visitadas pelos turistas internacionais foram Lincoln Road (36%), Bayside Marketplace (31%), Everglades (16%), Miami Seaquarium (9%), Zoo Miami (8%) e Viscaya Museum and Gardens (6%).

O outlet Dolphin Mall foi o shopping preferido dos estrangeiros (26%), seguido do Aventura Mall (21%) , Bal Harbour e Dadeland (10% cada) e Miami International Mall (8%). 90% dos turistas estrangeiros ficaram extremamente ou muito satisfeitos com o que vivenciaram na cidade. As praias, o clima, as compras, as pessoas e a gastronomia foram os destaques.

Os estrangeiros, aliás, gastaram mais com comida (US$ 462 por pessoa na viagem) que com hotel (US$ 402) e compras (US$ 449).

CONVENÇÕES
As perspectivas para 2019 são ainda melhores pois o Miami Beach Convention Center foi reaberto, depois de investimentos de US$ 625 milhões, e um novo hotel para o centro será construído nos próximos meses.

Saiba mais sobre os planos e desenvolvimentos de Miami em www.DestinationMiami.org. No Brasil, o destino é representado pela Imaginadora.

Confira todas as estatísticas em https://www.miamiandbeaches.com/getmedia/1997575f-873e-40c7-b420-0745e040cfee/2018-Visitor-Industry-Overview_1.pdf.aspx

Sobre a cidade: www.miamiandbeaches.com

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.