Victor Fernandes   |   24/03/2021 16:17
Atualizada em 24/03/2021 16:21

Vale do Café (RJ) defende Turismo de isolamento na região

O CVB realizou uma pesquisa com objetivo de criar destinos seguros e saudáveis na região do Rio de Janeiro

Divulgação
Entre os dias 22 e 23 de março, o Vale do Café Convention & Visitors Bureau realizou uma pesquisa com objetivo de trabalhar as frentes, junto ao poder público, para criação de destino(s) de Turismo de isolamento seguros e saudáveis, atendendo à demanda represada que será gerada com a criação de um recesso de, pelo menos, 10 dias, nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro.

A região do Vale do Café conta com um complexo turístico inserido no contexto de Mata Atlântica preservada e ambientes amplos e arejados, incluindo 37 unidades de conservação ambiental em âmbitos municipais, estaduais e federais. Além de fazendas, parques e jardins.

"Apesar dos números crescentes de contaminados nos municípios (e em todo o País), dentro da atividade turística em si não houve qualquer relação entre o aumento de visitantes e o aumento do número de infectados nas cidades da região. Os turistas, em maioria, optaram por se hospedar em locais onde pudessem estar ao ar livre, sem aglomeração", afirmou o Vale do Café Convention & Visitors Bureau.

A entidade ainda defendeu que medidas de caráter restritivo estimulam a informalidade. "Lembramos que grande parte dos meios de hospedagem e negócios da região não possui cadastro no Cadastur, e essa prática gera desarmonia e desequilíbrio na economia local, já fragilizada, em especial, prejudica os empresários formalizados", completou.

A pesquisa ouviu 41 empresários, de todas as cidades do Vale do Café. No geral, todos sentem que seus estabelecimentos estão atendendo às regras de isolamento, aos protocolos de segurança, e que podem oferecer diferenciais para aqueles que buscam natureza, saúde e bem-estar.

No item “Capacidade de carga” da pesquisa está a métrica mais sensível do setor. Entre os limites de capacidade para os estabelecimentos que os empresários consideram ideais para o momento, o mais votado foi 50% da capacidade por 23,7% dos entrevistados. Mas, como pode ver abaixo, as outras capacidades repartiram votos, até com quem acredita que consiga operar com 100% de sua capacidade.
Divulgação
O azul escuro (10,5%) representa os empresários que acreditam conseguir operar seus estabelecimentos com 100% da capacidade
O azul escuro (10,5%) representa os empresários que acreditam conseguir operar seus estabelecimentos com 100% da capacidade
"Este item precisa ser quantificado tendo por base a área útil do estabelecimento, a sua natureza e o distanciamento que oferecem entre hóspedes/clientes. E não simplesmente um critério homogêneo de limite de carga geral para todos as empresas turísticas", defendeu o Vale do Café CVB.

Questionados sobre quanto tempo as suas empresas estariam financeiramente preparadas para encarar um lockdown neste momento, 28,9% dos empresários disseram ser entre 1 a 3 meses. No entanto, 21,1% afirmaram que só estão preparados para de 15 a 30 dias; 13,2% para menos de 15 dias; e 18,4% afirmaram não estar preparados. Apenas 18,4% afirmaram ter um fôlego financeiro para mais de 3 meses.

"Impedir ou restringir a atividade turística responsável poderá levar ao colapso econômico inúmeros estabelecimentos, inviabilizando o posicionamento da região enquanto destino turístico", concluiu o CVB da região do Rio de Janeiro.

Confira a pesquisa completa.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Victor Fernandes

Victor Fernandes tem 6060 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS