Artur Luiz Andrade   |   26/04/2018 16:27

Alemanha aposta em diferenciais para "novo momento na Europa"

A CEO do Germany Tourist Board, Petra Hedorfer, em entrevista ao Portal PANROTAS, em Buenos Aires, durante o Global Summit do WTTC, disse considerar a Alemanha o “new kid on the block” do Turismo europeu, ou seja, o mais novo player a entrar na briga pelos milhões de visitantes d


Divulgação/Turismo da Alemanha
 Petra Hedorfer, CEO do Turismo da Alemanha
Petra Hedorfer, CEO do Turismo da Alemanha
A CEO do Germany Tourist Board, Petra Hedorfer, em entrevista ao Portal PANROTAS, em Buenos Aires, durante o Global Summit do WTTC, disse considerar a Alemanha o “new kid on the block” do Turismo europeu, ou seja, o mais novo player a entrar na briga pelos milhões de visitantes do continente. O Turismo no país só começou a crescer de forma mais robusta nos últimos dez ou 15 anos, especialmente por causa do interessa na cultura e atrativos naturais do destino, mas também na história, puxada pela reunificação alemã. E os últimos 20 anos foram de muitas mudanças de infraestrutura e investimentos turísticos, especialmente no “lado oriental”.

Por isso, por estar tão “nova” nesse páreo, a Alemanha consegue ser mais ágil e não sofrer de problemas como o overtourism, que destinos na Espanha e Itália sofrem, por exemplo, ou de barreiras mais rígidas para os turistas (caso da Inglaterra pós-Brexit).

Com 32 escritórios no mundo, incluindo um no Brasil, desde 1972, e um na Argentina, que também atende o Chile, a Alemanha quer passar ao viajante de longa distância, que fica por mais tempo (e gasta mais), a ideia de que é um destino que adiciona muito valor ao dinheiro investido na viagem. “Comparadas com Paris, Londres e Roma, as cidades alemãs têm preços mais atrativos, com muito valor agregado. Muitas se dedicam ao Mice durante a semana e têm promoções bem atraentes para os viajantes de lazer nos finais de semana”, conta a executiva.

Com 84 milhões de noites hoteleiras em 2017, um terço das quais de viajantes de longa distância, a Alemanha hoje, segundo Petra, é Top 3 na Europa, com crescimento maior que a média dos demais destinos na última década. “E ainda temos um potencial de 51 milhões de room nights para serem usados, sem nos preocuparmos com o overtourism, e no caso da América do Sul podemos dobrar os números atuais nos próximos anos, sem qualquer problema”.

Berlim é o principal destino internacional da Alemanha, com 15 milhões dos 84 milhões de quartos de hotel ocupados, e Munique vem na segunda colocação, já tendo ocupado a primeira posição.

EVENTOS
2017 é o ano da gastronomia na Alemanha e um dos objetivos é desmistificar a culinária local, mostrando que há sim a tradicional (e óbvia), mas também muita criatividade e variedade. Mais ou menos o que ocorreu na Copa do Mundo de 2006, quando a Alemanha mostrou ao mundo que tem um povo alegre e hospitaleiro, além de pontual, sério e eficiente (características mais ligadas ao alemão).

Também se iniciam as comemorações de 100 anos da Bauhaus, movimento de design e arquitetura que se espalhou pelo mundo. “Temos atrações e atividades os 12 meses do ano. Não somos como a Itália ou a Espanha que fecham no inverno e vamos mostrar isso e muito mais aos turistas e profissionais de Turismo”, finalizou.

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