Ontem (20), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de regime de urgência ao PL 2724/2015 que transforma a Embratur em serviço social autônomo. A medida integra o projeto "Brasil + Turismo", e incluiu também a ampliação da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras (hoje limitado a 20%) e a modernização da Lei Geral do Turismo.

"O primeiro passo foi dado na direção de elevar a competitividade do turismo brasileiro no cenário internacional. Esperamos agora a aprovação do mérito, que poderá potencializar os investimentos para promoção internacional e colocar o turismo brasileiro em outro patamar", afirmou o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz. O mérito da matéria pode ser votado nos próximos 15 dias.

OTIMISMO
O orçamento da Embratur oscilou nos últimos anos e para 2018 está na ordem de US$ 17 milhões, valor consideravelmente abaixo dos concorrentes vizinhos. A Argentina investiu no ano passado cerca de US$ 80 milhões, e a Colômbia, US$ 100 milhões. Esses países apresentam fluxos turísticos internacionais sólidos e crescentes. “Estamos andando na contramão e esses concorrentes já ameaçam a liderança do Brasil na América do Sul”, disse Lummertz.

O presidente da Embratur ainda destaca que a mudança no modelo de gestão é uma importante conquista para o Turismo, que agrega 52 diferentes segmentos e pode se transformar em um grande vetor de desenvolvimento econômico, como acontece em países como Portugal e Espanha. “A nova Embratur não impacta positivamente apenas o futuro do Turismo, mas também em relação à economia do País”, concluiu Lummertz.