Colaborador   |   26/03/2018 14:00

Feira de viagens do Taiti levanta debates sobre o destino

Destino de sonho no topo da lista de desejos de turistas de diferentes países, marca forte e uma das melhores ilustrações para o clichê “paraíso na Terra”. Rede hoteleira envelhecida, sistema de reservas confuso e escassez de informações s

Carla Lencastre
Nicole Bouteau, ministra do Turismo e dos Transportes Internacionais da Polinésia Francesa
Nicole Bouteau, ministra do Turismo e dos Transportes Internacionais da Polinésia Francesa

PAPEETE (TAITI) - Destino de sonho no topo da lista de desejos de turistas de diferentes países, marca forte e uma das melhores ilustrações para o clichê “paraíso na Terra”. Rede hoteleira envelhecida, sistema de reservas confuso e escassez de informações sobre outras ilhas além de Taiti, Bora Bora e Moorea. Estes foram os comentários mais ouvidos ao longo de dois dias nos painéis de debates que reuniram fornecedores locais, operadores de viagens e representantes do Tahiti Tourisme durante a Parau Parau 2018, feira realizada semana passada em Papeete, capital da Polinésia Francesa.

A PPT 2018 é o primeiro evento da região voltado para os mercados emissores das Américas, da Austrália e da Nova Zelândia, que respondem por 50% dos visitantes internacionais no Taiti e nas outras ilhas. Depois de uma queda acentuada no número de turistas na primeira década deste século, há alguns anos começaram a surgir os primeiros sinais de recuperação. Com os fóruns de discussão, o Tahiti Tourisme procurou entender o que é preciso mudar e em quais áreas investir mais. A indústria de serviços é responsável por 85% do Produto Interno Bruto da Polinésia Francesa e movimenta o equivalente a US$ 1,5 bilhão ao ano.

Nos debates, ficou claro que o sonho de dormir uma vez na vida em um bangalô sobre as águas azul turquesa deste pedaço do Pacífico Sul é comum aos turistas de Américas, Austrália e Nova Zelândia. Mas há lugar também para programas complementares em guest houses, como são chamadas as pousadas locais, que valorizem a cultura e as muitas possibilidades de atividades esportivas na região, entre elas mergulho e surfe. Os millennials, por exemplo, buscam experiências que vão além de bangalôs overwater. De um modo geral, os operadores presentes ao evento se mostraram otimistas em relação à perspectiva de melhorias na infraestrutura e, principalmente, em relação ao surgimento de novos produtos, à promoção de diferentes ilhas e a uma melhor divulgação das atividades já existentes.

Além dos painéis de discussão, fornecedores e compradores participaram de diversos encontros previamente agendados. As três operadoras brasileiras participantes, Flot, Kangaroo e Queensberry, trabalham com Polinésia Francesa há muito tempo. Todas gostariam de reforçar o destino em seus portfólios e estavam em busca de novidades. Os operadores brasileiros destacaram três produtos novos que podem ser comercializados no mercado brasileiro: cruzeiros em catamarãs, com saídas regulares; cruzeiros em iates, com roteiros customizados, e snorkel ao lado de baleias, nos meses de inverno no Hemisfério Sul.

A primeira edição da PPT reuniu cerca de 50 expositores e 40 operadores de oito diferentes países. No grupo da América do Sul estão Eby Piaskowy, diretora de marketing da Queensberry; Guilherme Campos, gerente de planejamento da Flot; Herika Pritsch, consultora da Kangaroo, os três baseados em São Paulo; Cristina Vernengo, gerente de Mediterrâneo e Exóticos da Piamonte, de Buenos Aires; Victoria Berry Ibánez, gerente de Exóticos da Latam Travel, baseada em Santiago, e Samy Bessudo, presidente da Aviatur, baseado em Bogotá. A delegação foi acompanhada por Caroline Putnoki, diretora da Atout France no Brasil, e Teanatea Tetoe, gerente de Américas da Tahiti Tourisme, baseada em Papeete.

Antes de a feira começar, os operadores da América do Sul estiveram em Bora Bora, onde visitaram a principal novidade hoteleira da ilha, o contemporâneo e elegante Conrad Bora Bora Nui, inaugurado ano passado no local do antigo Hilton, e o St. Regis Bora Bora, que tem dez anos e continua com ar de novo, por conta da manutenção constante. Seus bangalôs são amplos e um dos restaurantes tem a grife do chef Jean-Georges Vongerichten.

Depois da PPT 2018, os operadores fizeram um pós-tour pelas ilhas de Raiatea, onde conheceram uma opção de guest house, a charmosa Opoa Beach Hotel, e Taha’a, endereço do lindo Taha’a Island Resort & Spa, associado ao Relais & Châteaux. O tour de familiarização passou ainda pela ilha privativa de Vahine, que tem um encantador hotel boutique. O Vahine Island Private Resort conta com apenas nove quartos, sendo três bangalôs overwater. A ilha de Taha’a é famosa pela produção de baunilha (usada em diversos pratos, de iogurte a peixe) e de rum. Tem ainda ótimos pontos para mergulho de snorkel. Raiatea fica a 45 minutos de voo da Papeete. Há saídas regulares diariamente, em mais de um horário, pela Air Thaiti, a empresa regional de aviação. Para Taha’a e Vahine é preciso contratar um transfer de barco a partir de Raiatea. Ao final do tour, o grupo voltou a Papeete para o fim de semana.

Por Carla Lencastre

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