Hotel na Noruega investe alto para ser o melhor da Escandinávia
O empreendimento passou por um retrofit de 120 milhões de euros

Construído em 1870, o equipamento mudou de dono pela primeira vez em 2015. Por 50 milhões de euros, o empresário local Odd Reitan, do Reitan Group, materializou um sonho de criança, quando passava em frente ao hotel, e arrematou o prédio. Para um amplo retrofit, não economizou: destinou 120 milhões de euros.
Os traços originais da construção centenária, de acordo com o diretor geral Mikael Forselius, responsável pela implantação do novo equipamento, serão rigorosamente preservados, mas a estrutura de serviços mudará bastante.
Com previsão de ter 250 colaboradores a partir de abril do próximo ano, a oferta de 257 apartamentos e 11 suítes será mantida. "O design interno dos quartos muda e haverá ainda mais requinte. As suítes, então, serão de muito luxo e conforto", adianta Forselius.
O hotel terá seis restaurantes e bares (todos abertos ao público), moderno espaço para eventos - com capacidade para 650 pessoas em 15 salas - e área de fitness e spa, cuja estratégia prevê um quadro exclusivo de associados, que se somarão aos hóspedes.
O diretor comenta que, contrariando as principais tendências do setor no mundo, todos os serviços do Britannia não serão terceirizados. Nem mesmo o spa, que em quase 90% dos casos da hotelaria são arrendados a redes específicas. "O hotel será 100%, 100% mesmo, administrado por seus próprios gestores", volta a ressaltar.
FLUXO INTERNACIONAL
Os principais polos emissores para o Britannia (e para Trondheim, em geral) eram e deverão continuar a ser Suécia, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Holanda e Estados Unidos, pela ordem. O diretor de Vendas e Marketing, Peter Gjerde, comenta ainda que algumas operadoras já estão com o hotel em seu portfólio de vendas.
"Já abrimos as reservas a partir de 1 de abril de 2019 e percebemos uma grande procura para nossos três primeiros meses de operação em soft opening. Em breve, também disponibilizaremos vendas nas agências on-line", informa Gjerde.
Quanto ao Brasil, o diretor acredita que dá para captar hóspedes no segmento de luxo, já que a Noruega é considerada muito cara para os padrões do turista brasileiro. Algumas operadoras latino-americanas irão oferecer o Britannia em roteiros de 15 a 20 dias pela Noruega, incluindo o cruzeiro no navio Hurtigruten, que navega pela costa norueguesa e passa por Trondheim, que fica no centro do país.
O Britannia pertence à rede The Leading Hotels of the World, que contabiliza 375 hotéis no mundo, dos quais cinco unidades na Escandinávia. Além da propriedade de Trondheim, há outro na Noruega: Continental, em Oslo. Os outros três são Kamp, em Helsinque; D'Angleterre, em Copenhague; e Grand Hotel, em Estocolmo.