Antonio R. Rocha   |   29/06/2018 14:08

Hotel na Noruega investe alto para ser o melhor da Escandinávia

O empreendimento passou por um retrofit de 120 milhões de euros

Antonio R. Rocha
O diretor geral do Britannia, Mikael Forselius, e diretor de Vendas e Marketing do hotel, Peter Gjerde
O diretor geral do Britannia, Mikael Forselius, e diretor de Vendas e Marketing do hotel, Peter Gjerde
Trondheim (Noruega) - O emblemático e histórico Hotel Britannia, no centro de Trondheim, terceira maior cidade da Noruega, com cerca de 200 mil habitantes, reabre em abril de 2019 após quatro anos fechado para reformas. Ressurge com um desafio que já se tornou promessa: ser o meio de hospedagem mais suntuoso e icônico de toda a Escandinávia.

Construído em 1870, o equipamento mudou de dono pela primeira vez em 2015. Por 50 milhões de euros, o empresário local Odd Reitan, do Reitan Group, materializou um sonho de criança, quando passava em frente ao hotel, e arrematou o prédio. Para um amplo retrofit, não economizou: destinou 120 milhões de euros.

Os traços originais da construção centenária, de acordo com o diretor geral Mikael Forselius, responsável pela implantação do novo equipamento, serão rigorosamente preservados, mas a estrutura de serviços mudará bastante.

Com previsão de ter 250 colaboradores a partir de abril do próximo ano, a oferta de 257 apartamentos e 11 suítes será mantida. "O design interno dos quartos muda e haverá ainda mais requinte. As suítes, então, serão de muito luxo e conforto", adianta Forselius.

O hotel terá seis restaurantes e bares (todos abertos ao público), moderno espaço para eventos - com capacidade para 650 pessoas em 15 salas - e área de fitness e spa, cuja estratégia prevê um quadro exclusivo de associados, que se somarão aos hóspedes.

O diretor comenta que, contrariando as principais tendências do setor no mundo, todos os serviços do Britannia não serão terceirizados. Nem mesmo o spa, que em quase 90% dos casos da hotelaria são arrendados a redes específicas. "O hotel será 100%, 100% mesmo, administrado por seus próprios gestores", volta a ressaltar.

FLUXO INTERNACIONAL
Os principais polos emissores para o Britannia (e para Trondheim, em geral) eram e deverão continuar a ser Suécia, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Holanda e Estados Unidos, pela ordem. O diretor de Vendas e Marketing, Peter Gjerde, comenta ainda que algumas operadoras já estão com o hotel em seu portfólio de vendas.

"Já abrimos as reservas a partir de 1 de abril de 2019 e percebemos uma grande procura para nossos três primeiros meses de operação em soft opening. Em breve, também disponibilizaremos vendas nas agências on-line", informa Gjerde.

Quanto ao Brasil, o diretor acredita que dá para captar hóspedes no segmento de luxo, já que a Noruega é considerada muito cara para os padrões do turista brasileiro. Algumas operadoras latino-americanas irão oferecer o Britannia em roteiros de 15 a 20 dias pela Noruega, incluindo o cruzeiro no navio Hurtigruten, que navega pela costa norueguesa e passa por Trondheim, que fica no centro do país.

O Britannia pertence à rede The Leading Hotels of the World, que contabiliza 375 hotéis no mundo, dos quais cinco unidades na Escandinávia. Além da propriedade de Trondheim, há outro na Noruega: Continental, em Oslo. Os outros três são Kamp, em Helsinque; D'Angleterre, em Copenhague; e Grand Hotel, em Estocolmo.


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