Artur Luiz Andrade   |   22/01/2024 12:04
Atualizada em 22/01/2024 12:32

Para atrair hotéis, BWH Hotels (Best Western) volta a ter CNPJ no Brasil

Até abril, escritório estará oficializado e contrato dos hotéis voltam a ser em português

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
O vice-presidente da BWH Hotels para a América Latina, Richard Rehwaldt
O vice-presidente da BWH Hotels para a América Latina, Richard Rehwaldt

MIAMI – O vice-presidente da BWH Hotels para a América Latina, Richard Rehwaldt, fica baseado no México, de onde comanda um total de 75 hotéis, incluindo três da WorldHotels, a marca de luxo da BWH. Desse total, 40 estão no México e apenas 8 no Brasil, onde a rede global já teve mais de 20 empreendimentos.

Nos próximos oito a dez anos, a meta do VP da BWH Hotels é chegar a 50 hotéis no Brasil, entre conversões, tendência atualmente, e novas construções. O impacto desse investimento deve ultrapassar R$ 1,5 bilhão.

Para atingir a meta, a BWH Hotels está retornando com seu escritório próprio ao Brasil. Por uma decisão estratégica no passado, o escritório de desenvolvimento havia sido transferido para o Exterior, o que afugentou os hoteleiros, que tinham de assinar contratos internacionais, em outra língua, com adequações a leis que não as brasileiras.

Até abril Richard acredita que o novo escritório estará implementado, sob o comando do diretor Brasil, Ricardo Manarini. E novamente com um CNPJ brasileiro. A América Latina já conta com três profissionais BWH dedicados à área de desenvolvimento - atração de novos hotéis.

“Não foi a decisão acertada sair do Brasil há 12 anos, mas estamos voltando e usando todos os benefícios e a força da rede BWH, com mais de 4,3 mil hotéis no mundo e uma estrutura a serviço do sucesso do hotel, já que somos uma organização sem fins lucrativos”, explica Richard Rehwaldt.

Richard Rehwaldt

Por conta disso, os fees cobrados dos hotéis pela BWH Hotels chegam a ser metade dos concorrentes, e com um alcance que inclui 57 milhões de membros em seus dois programas de fidelidade (BWH e WorldHotels), time de Vendas dedicado em todo o mundo, central de reservas, e times de Marketing e PR para ajudar na promoção e campanhas.

Segundo ele, enquanto outras marcas cobram de 5% a 12% das vendas como taxa e royalties, a BWH consegue cobrar de 2% a 3,5%. Com todos os benefícios.

Como disse o CEO da BWH Hotels, Larry Cuculic, durante a Conferência da WorldHotels, no Eden Roc Miami Beach, na Flórida, a BWH não tem de distribuir lucros com acionistas ou investidores. E vem batendo recorde de vendas mensais já há 36 meses. No ano passado, atingiu recorde de vendas de US$ 8,4 bilhões.

Mais hotéis no Brasil

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Richard Rehwaldt
Richard Rehwaldt

De acordo com o VP para a América Latina, no ano passado foram fechados 12 novos contratos na América Latina, e no Brasil uma das conversões foi em Salvador: um Ibis, da Accor, que agora é Best Western Hangar Hotel Aeroporto.

A demanda maior atualmente é para conversão para marcas tradicionais mais fortes da Best Western, o que também ajuda na hora de buscar financiamento, um dos desafios do Brasil no momento.

Mas ele acredita que há espaço para os hotéis lifestyle da WorldHotels, especialmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

México e Brasil são os grandes focos de investimento da BWH Hotels nos próximos anos, e Richard acredita que com a volta do CNPJ brasileiros, e todos os benefícios e a força financeira da BWH, ficará mais fácil para os hoteleiros do Brasil se associarem a uma das muitas marcas da rede global.

O Portal PANROTAS viajou a convite da BWH Hotels, com proteção GTA



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